Na madrugada de domingo para segunda divulguei uma nota de falecimento e hoje no período da manhã outra. Não gostaria de fazer este tipo de divulgação, só que sei que é necessário pois trata-se se informação importante. E a morte de qualquer pessoa, independente de quem ela é importante ser divulgada.
Lembrei-me de uns anos atrás ter sido noticiado a morte de uma pessoa com o mesmo nome meu. Algumas horas depois de noticiado recebi uns 5 telefonemas de pessoas que não via a muito tempo e perguntavam apenas se estava tudo bem comigo? Dizia sim tudo bem, se telefonou para oferecer trabalho pode mandar que preciso mais é trabalhar para ganhar uns trocados, o interlocutor dizia tudo bem, se despedia e desligava.
Foram uns cinco telefonemas, ai percebi que algo tinha acontecido ... algo errado. Sai e fui até a banca de jornais da Helena, aqui na Vila Haro (Sorocaba, para aqueles que não sabem) e ela com aquele sorriso de quem está sempre de bem com a vida perguntou: seu Douglas o senhor não morreu? Respondi como? Então ela mostrou nos jornais do dia a nota de meu falecimento.
Voltei para casa, mudei de roupa, avisei que iria sair e fui até a praça central (Coronel Fernando Prestes) e fiquei parado na frente do Gabinete de Leitura, local frequentado por pessoas de todas as idades. É aquele tipo de local para ver e ser visto. Fiquei uma hora até que pude conversar com uma dúzia de pessoas, todas com a mesma pergunta: ué você não morreu? Dizia apenas, morri sim porem sai para dar uma voltinha.
Situação desagradável.
Aproveite para ver sempre, logo de manhã, se o seu nome não esta na relação publicada de notas de falecimento. Se tiver um homônimo, sugiro que comece a telefonar avisando que não morreu, e procurando um local como este que mencionei para receber os pêsames pelo não falecimento.
Douglas Lara,
é editor do jornal eletrônico Acontece em Sorocaba.