"... E assim o Brasil começa a se dizer de maneira mais direta nos versos de seus poetas. Abaixo os puristas. Rompem-se as amarras com a tradição, a língua portuguesa fica mais brasileira, "bárbara e nossa", como quer Oswald de Andrade. Os modernistas esquecem Lisboa e celebram Paris, aposentam Camões e consagram Baudelaire. Por outro lado, absorvem a linguagem popular das ruas, os múltiplos acentos regionais, os falares multiétnicos de nossos índios e nossos negros. Ficamos menos lusitanos. E nos tornamos, de um só golpe, mais cosmopolitas e mais nacionalistas."
(A revolução modernista de 1922 deu régua e compasso à poesia brasileira, transformando em relíquia o lirismo passadista, comedido e convencional)