Eu havia escrito um artigo intitulado “PESSOAS MUDAM, AS COISAS PERMANECEM”. Depois, encontrei o artigo do Domingos chamado “PLEONASMOS”. Ambos expressamos considerações sobre a mesmice política nos nossos sucessivos governos federais. Mas, isso não é coisa só dos nossos dias.
No período imperial já alguém disse que “NADA É MAIS SEMELHANTE A UM CONSERVADOR DO QUE UM PROGRESSISTA NO PODER”. Por aí se nota que, infelizmente, em todos os tempos, os candidatos se colocam ao lado do povo para conseguir seu apoio; porém, uma vez eleitos, passam para o lado dos detentores do poder econômico e esquecem o povo.
Como disse o colega, parece que “nem o Zé Serra conseguiria fazer um governo tão parecido com o de FHC quando o Lula”. Os autos juros, que ele condenava, agora está elevando mais um pouco; as perseguições aos servidores público que o PT sempre impediu, está sendo implementada agora; O congelamento da margem de isenção do IR, que ele também abominava, agora está sendo mantido; a falta de reajuste dos nossos vencimentos, que eles sempre apontaram como inconstitucional, agora ele aprova; e vai por aí...
Mudam-se as cabeças, mas parece que o cérebro é sempre o mesmo. A nossa experiência histórica mostra que quem chega ao poder passa para o outro lado. Mas uma passagem tão rápida como essa foi assaz surpreendente! No final das contas, como teria dito o famoso Jesus de Nazaré, “o que tem ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas o que não tem, até o que tem lhe será tirado.” O povo sempre leva a pior.
Há também a definição humorística de que “campanha política é um expediente democrático em que o candidato pede dinheiro ao rico para comprar o voto do pobre e promete a ambos defender um do outro”. E podemos dizer que é coisa séria.
Sai um, entra outro, a prática continua a mesma. O povo tem que continuar massacrado pelo baixo poder aquisitivo e os altos juros, para que não consuma muito e cause inflação.
Primeiro, vem o candidato “dos descamisados”, e acaba tirando as calças. Depois, vem o “social-democrata” e democratiza a miséria; em seguida, ganha a oposição, e o candidato do trabalhador mantém a situação, deixando o povo de calção na mão.