Em debate pela tevê, nosso diretor, padre Oscar Quevedo, classificou como menos criminosas as cirurgias realizadas a ponta de faca sem desinfetar. Há muito tempo, vários curandeiros e médicos espirituais surgem e se tornam famosos pelas suas operações, assim como Arigó, Garrincha, Antônio Carlos, Edson Queiroz, que vem sofrendo condenações por crimes de morte. Mais criminosa é a “cirurgia” trucada. O maior descaro e a mais criminosa é toda essa encenação das “cirurgias espirituais”, “em astral”, ou em “nível de perispírito”. Waldemar Coelho diz que incorpora um espírito austríaco e outro chinês. Mas, em transe, ele nem fala nem entende alemão e muito menos chinês. Nada extraem, nada consertam, nada introduzem.
Nessa ocasião o padre Quevedo desafiou Waldemar Coelho a obturar, sob seu controle, uma simples cárie dentária. De nada valeria testemunhos dos próprios “operados” ou até mesmo dos seus parentes. A máfia e os fanatizados espalham abertas mentiras.
Muitos casos são conhecidos aqui no Brasil de todos esses tipos de curas espirituais, só que nenhuma delas deu resultado definido e cura de verdade.
Cerca de 35% dos que procuram os médicos só imaginam estar doentes; 50% dos doentes são portadores de doenças psicógenas, de origem psíquica, 85% são psicógenas (a esterilidade) e quase todas são doenças influenciáveis pela sugestão. A sugestão (que é falta de fé, tão diferente da fé religiosa) tira a dor, não soluciona a causa da doença, agrava os efeitos quando somatizados às causas psíquicas etc.
Achamos que as autoridades têm o dever de reprimir o exercício ilegal da Medicina.
Por Luiz Roberto Turatti, aluno do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, CLAP (www.clap.org.br), dirigido pelo Prof. Dr. Padre Oscar González-Quevedo, S.J.
Esse artigo já foi publicado em:
- “Tribuna do Povo”, Araras/SP (Brasil), sábado, 13/5/1995;
- “Jornal de Parapsicologia”, Braga (Portugal), fevereiro/1998;
