Há alguns anos, em Teixeira Soares (PR), a casa do senhor Arlindo Bovo, 81, e de sua esposa, dona Verônica, 68, e de sua filha Terezinha, de 27 anos, já há sete anos vinha sofrendo ameaças de uma voz desconhecida, que dizia: “Te mato, te mato... vai embora. Sai daqui... vou te fazer uma proposta, se sair daqui eu te dou uma casa mobiliada, um carro de luxo. Por que viver neste galinheiro? Se não saíres, vou te jogar no poço, ou colocarei uma aranha caranguejeira na tua boca”. A voz era fina, mas geralmente era rouca, desconhecida dos moradores e de todas as testemunhas. A voz, os insultos, as mais baixas imoralidades eram ouvidos da casa dos vizinhos e da rua envergonhando o casal de velhos. Começaram a sumir livros, panelas, calçados e relógios. Às vezes alguns objetos irrompiam as paredes e as janelas fechadas.
O senhor Arlindo era o perseguido.
Ao seu lado caiu um pedaço de tijolo. Começaram a ser atingidos por objetos de sua casa. Suas roupas começaram a ser rasgadas. Já não tinha mais roupa para trocar além da que estava no corpo. Seus óculos foram quebrados. Foram destruídos um a um quase todos os seus objetos pessoais. Muitas das peças de louças que seu Arlindo usava eram quebradas inteiramente. A Bíblia Sagrada que o senhor Arlindo costumava ler para defender-se da “assombração” havia sido destroçada.
Os barulhos não deixavam ninguém dormir antes das duas ou três da madrugada. O assoalho sob a cama do senhor Arlindo ardeu em fogo misteriosamente. Certas noites aparecia uma mão peluda em direção a ele, deixando-o em desespero total. Durante muito tempo toda a cidade comentava sobre esses fenômenos, muitos iam visitar a casa deles e presenciavam até muitos fenômenos.
Após pesquisas e estudos feitos pelo CLAP, descobriu-se que era a filha do senhor Arlindo, Terezinha, quem produzia todos esses fenômenos. O aporte, a pirogênese, a ecolalia, a acorpolalia e todos os demais fenômenos eram produzidos por Terezinha, e sua energia contrária era exteriorizada de maneira incontrolável, provocando esses estragos. Quando acontecia qualquer desses fenômenos, Terezinha ficava branca e desmaiava. A voz saía sempre na direção de onde ela estava. É evidente. Não só a voz, mas a telergia causadora de todos esses fenômenos procediam de Terezinha.
Ficou comprovado que tudo se originava em Terezinha, que assim projetava seus problemas inconscientes, sem querer, sobre seu pai.
Após algum tempo, pesquisadores do CLAP acalmaram Terezinha e todos esses fenômenos pararam de acontecer. Basta um tratamento mais aprofundado, acabam rapidamente.
Por Luiz Roberto Turatti, aluno do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, CLAP (www.clap.org.br), dirigido pelo Prof. Dr. Padre Oscar González-Quevedo, S.J.
Esse artigo já foi publicado em:
- “Tribuna do Povo”, Araras/SP (Brasil), domingo, 1.º/8/1993;
- “Jornal de Parapsicologia”, Braga (Portugal), abril/1998.
