Sempre houve milagres de ressuscitar mortos. Muitas centenas. Também nos nossos tempos. A medicina, porém, hoje conhece meios muito mais avançados de manter a respiração e a circulação sangüínea por bastante tempo: um “morto-vivo”; por outro lado, possui métodos admiráveis de reanimação logo após a parada cardíaca. Para garantir que houve milagre de revitalização, parece mais lógico ou ao menos mais fácil dar especial ênfase ao diagnóstico da doença mortal e à cura plena e instantânea dessa doença. Isto é, no “milagre sobre milagre” insistir no “segundo milagre”.
Em 1964, quando ainda não tinha um ano de vida, comprovou-se que a pequena Frances Burns era vítima de câncer abdominal. O tratamento por radiações não conseguiu evitar que em poucos meses depois o câncer passasse aos rins. Cirurgicamente foi extraído o tumor renal, mas logo depois outros órgãos importantes do corpo eram afetados.
Frances tinha somente três anos quando os médicos já avisaram à mãe que eles só podiam retardar a morte, na melhor das hipóteses, talvez até por dois anos. Em 1968 chegava-se ao fim. As radiografias mostravam que o câncer já tinha chegado à cabeça.
Mês de abril. Frances tem quatro anos. Os cabelos caem em mechas, sofre horríveis dores, não reconhece nem a mãe. Não pode comer, nem beber. É alimentada por soro na veia.
Difícil e penosa à viagem a Lourdes desde Glasgow (Escócia); o estado geral e as dores - nos raros momentos de pouca consciência - pioraram.
No sábado e domingo é só mérito dos médicos e das técnicas modernas manter Frances com “vida” artificial. Clinicamente, esteve morta várias vezes. Para que continuar aquela luta? O admirável (outros diziam “loucura”) é que a mãe e alguns parentes ainda continuavam rezando a Nossa Senhora de Lourdes... Na segunda-feira de manhã, Frances acorda completamente curada!!! Recuperação plena dos ossos comidos, dos músculos, da pele, e de todas as partes destruídas. Nem vestígio do câncer. Cura total e súbita. Aos médicos parecia impossível; atônitos, incapazes de aceitar, exigem que a menina fique mais 15 dias no hospital para exames...
Frances correu e brincou como qualquer outra criança sadia de quatro anos. O Dr. Fitzsimens ficou encarregado de acompanhar de perto a evolução da saúde de Frances, que hoje tem 30 anos, cheia de saúde e amor à Senhora de Lourdes.
Por Luiz Roberto Turatti, aluno do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, CLAP (www.clap.org.br), dirigido pelo Prof. Dr. Padre Oscar González-Quevedo, S.J.
Esse artigo já foi publicado em:
- “Tribuna do Povo”, Araras/SP (Brasil), sábado, 17/9/1994;
- “Jornal de Parapsicologia”, Braga (Portugal), junho/1995;
- “Notícias do Oratório São Luiz”, Araras/SP (Brasil), dezembro/2001.