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Artigos-->Cap. 5: Aprígio vai à guerra no Iraque -- 30/03/2003 - 11:06 (Tobby Teófilo Teobaldo Túlio Tyler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aprígio, o pacificador. Era esta a frase escrita na camiseta do nosso amigo. Dessa vez ele quase matou sua mãe de susto ao dizer que ia lutar na guerra. A mim deixou preocupado, porque Aprígio parecia estar perdido depois do que ocorreu com seu projeto de tele-transporte e de casamento com Ana Paula Arósio. A guerra no Iraque parecia ser uma válvula de escape para tamanha frustação.



Além da camiseta, Aprígio carregava uma pequena mochila nas costas, onde carregava cadernos e canetas para fazer algumas anotações sobre as batalhas por ele testemunhadas. Armas ou munição nem pensar. Aprígio iria lutar no "front" apenas com o poder de persuasão, no qual tinha como indispensável para sacramentar a paz entre os dois lados.



Dois ou três dias antes do embarque, escreveu para Bush e Sadam dizendo-se preocupado com o conflito, principalmente com as mortes de civis inocentes. Sem receber resposta, também sequer esperou por ela, retirou suas parcas economias da Caderneta de Poupança, e resolveu comprar as passagens para ele e um velho conhecido da família, um tal de Zé da Banguela, motorista desempregado que a seis meses vinha fazendo tratamento contra a dependência química e que já tinha se envolvido com a polícia.



No dia do embarque para a Itália (de lá iriam pegar uma conexão aérea para a Jordânia e, depois, uma outra terrestre para o Iraque), pediu-me que os levassem até o aeroporto. Trajando uma roupa camuflada parecida com as usadas pelos "marinees" americanos, entregou-me, já no saguão de embarque, uma carta para sua mãe, Dona Juçara, e uma outra, um pouco maior, para a sua cadela Nestor.



Eu acreditava que até o último momento Aprígio e Zé da Banguela iriam desistir daquela aparente insanidade, mas não. Firmes e fortes, caminharam até o portão dos vôos internacionais no intuito de deixar o Brasil para trás e partirem a caminho do inesperado. Pela primeira vez na vida temi pela sorte do velho Aprígio.



Meia-hora depois o avião da Varig com destino à Roma levantava vôo. Dei um leve aceno àqueles dois malucos, implorando a Deus pelas suas vidas. "Vai, Aprígio" - pensei parafraseando o velho Drummond. "Vai ser gouche na vida".



Entreguei as cartas de Aprígio no mesmo dia. Primeiro à cadela Nestor (isso mesmo, cadela, noutra ocasião eu explico porque). Li vagarosamente o que estava escrito, enquanto a poodle se entretia com um biscoito canino. Não me pareceu muito preocupada com o destino do seu dono.



Em seguida, a carta endereçada à D. Juçara. Ela me pediu que ficasse até ler o que estava escrito. Leu em voz alta, e depois pediu para dizer a Aprígio que ele era um filho ingrato, um maluco de jogar pedra, que estava sendo influenciado pelo "marginal" do Zé da Banguela, pois, segundo D. Juçara, o homem era pior do que Sadam e Bush juntos. Será?



!!Próximo Capítulo: "Zé da Banguela é pior que Sadam e Bush juntos"



//Fale com Aprígio: aprígio2003@bol.com.br
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