Usina de Letras
Usina de Letras
322 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51133)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->E-mail não é lixeira! -- 01/04/2003 - 10:48 (Clóvis Campêlo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Comecemos por Marshall Macluhan. Foi ele que , na década de 60, criou o termo. Iniciavam-se os tempos da comunicação via satélite.Cada vez mais, as visões e imagens do mundo chegavam até nós. Eram os primórdios da cultura do simulacro. Estávamos na aldeia global.

Para alguns, a partir dali, a humanidade se transformaria. As características culturais de cada povo se enriqueceriam. A comunicação intensa provocaria um nivelamento por cima. Para outros, no entanto, o mundo se tornaria mais chato e previsível, perdendo cada povo as suas características peculiares.

Como consequência da nova forma de comunicação mundial, nós brasileiros, aqui no Terceiro Mundo, pudemos assistir à chegada do homem na lua, em 1969. No ano seguinte, em plena época da ditadura militar e ainda em preto e branco, assistimos a Seleção Brasileira ser tricampeã mundiaL de futebol no México. O mundo parecia encolher. Encolhidos também parecíamos nós, aqui em Pindorama, sob a tutela do governo Garrastazu Médici. O futuro, porém, nos parecia promissor. Este era um país que ia para a frente!

A nossa modernidade chegou assim: Caetano Veloso, exilado na Inglaterra pelo regime militar, mandava, via Intelsat, notícias para o Pasquim. A ditadura militar que matou, esfolou, sequestrou e exilou centenas (ou milhares) de brasileiros, concomitantemente, mandava para o espaço sideral os satélites que abririam os caminhos para nos comunicarmos com o resto do mundo. Era o progresso chegando no bojo da repressão. Quem viveu aquela época sabe disso. Quem não viveu, precisa saber.

Com a ditadura militar, criou-se também a Rede Globo de Televisão, hoje uma das três maiores do planeta, com transmissões simultâneas para quase todo o mundo. Partíamos para atingir a maturidade na área da comunicação. Se não tínhamos um regime político adequado, tínhamos a possibilidade de ver e escutar as cores e os sons do mundo. E o mundo que também nos aguardasse.

Passou o tempo, veio a normalização democrática do nosso país e a evolução da rede mundial de comunicação. Surge a Internet. Com a popularização dos microcomputadores, aumenta cada vez mais o número de brasileiros com acesso à rede internacional. E a grande novidade com o surgimento da Internet passa a ser o controle individual da mensagem comunicativa.

No entanto, com a democratização cada vez maior da Internet e com o surgimento do controle individual da mensagem comunicativa, surge um novo problema: o lixo internáutico. Dominamos a forma, mas ainda não dimensionamos de maneira correta o valor conteudístico das mensagens.

Portanto, companheiros internautas, ao enviarem as suas mensagens lembrem-se de que e-mail não é lixeira!



Clóvis Campêlo é escritor e fotógrafo

E-mail:cloviscampelo@bol.com.br
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui