Cada um de nós pôde sentir a Dor daquele tiro no peito que vitimou Gabriela. Seus pais, além da Dor sentiram, também, a marca da saudade que ficou daquela filha que os embalou em tantos sonhos.
No dia 24 de março ela, menina, era mais uma entre tantas vozes que alegram nossos dias.
Uma menina do Rio. Uma menina do Brasil. Cheia de esperanças, cheia de vida e de sonhos. Que tinha casa. Que tinha uma família. Que tinha um mundo encantado a experimentar ainda. E, nem todos que tem esses preciosos bens experimentam a sensação que representa ser amado, ser cuidado e ser respeitado. Ela teve esta oportunidade...
A despeito do sentimento de ‘Choque e Pavor’ que hoje imprimem ao mundo... À margem da manchete alarmista que teimam dar ao nosso cotidiano eu vi seus pais, dando uma entrevista e, a Dor, a iluminá-los.
Não se exige que os pais, socialmente, se portem assim. Mesmo porque, os bons exemplos, são raros. Aquela família enlutada mostrou que o Amor, a Dor e a Verdade não se mascara ou qualifica.
Estavam lá, de mãos dadas, doloridos e iluminados.
Suas palavras não foram para a mídia e nem um desabafo. Falando de sua filha Gabriela passaram a todos a mais cristalina mensagem de Amor, Verdade e Dor.
No dia 25 de março de 2003, a tarde se refez em luto, enquanto Gabriela se juntava a outras tantas meninas no Rio. Uma Dor, mais uma vez, repartida.