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Artigos-->De guerra e paz -- 02/04/2003 - 13:52 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Falar em guerra é rotina. Ridículo, mas é verdade. Ainda esta semana olhei uma foto de uma criança iraquiana queimada pelos assassinos norte-americanos. Fez lembrar do Vietnã, onde os norte-americanos causaram mais de um milhão e meio de mortes, mas ficam lamentando os 40 mil soldados que perderam.

A guerra foi banalizada na televisão, onde ficam contabilizando as pequenas perdas aliadas(aliados do demônio os norte-americanos, australianos e ingleses), minimizando as mortes de crianças árabes.

Esta guerra que parece show de fim de semana está tentando reduzir o poder de barganha dos povos árabes, mostrando que os ocidentais não respeitam o Oriente, ressuscitando velhas feridas das cruzadas. Não consigo entender que não seja uma guerra étnica, contra um povo, contra um grande grupo religioso e contra os princípios morais que regem a humanidade.

A televisão mostra apenas os tanques avançando, de vez em quando alguns feridos. Já mostrou mortos dos dois lados, numa desproporção total.

O grande problema é que tanto a guerra no Oriente quanto os conflitos entre policiais e traficantes do Rio de Janeiro não parecem ter sentido nenhum. Os telespectadores parecem estar destinados a se conformar se houver em seu caminho um tiroteio e uma bala perdida os encontrarem qualquer dia desses.

Não adianta falar em paz sem discutir os motivos da guerra, seja ela multicolorida ou cinza, como as guerras dos morros.

A guerra banal torna o homem presa fácil da violência, que deixa de ser conceito para se tornar entidade. Violência se torna algo tão normal quanto chuva ou sol. E as causas da violência, principalmente urbana, conhecemos.

A guerra de Bush pelo petróleo é tão suja quanto a dos traficantes pelos pontos próximos das escolas, mas isto está sendo assimilado. Não sei como propor outro caminho, mesmo por que os traficantes já entraram no sistema político e jurídico, contaminando alguns setores importantes da sociedade.

Quem duvidar explique então porque Fernandinho Beira-mar é tão importante. Um super arquivo de informações com poder de decidir o destino de qualquer um.

Este texto não tem conclusão convincente, pois é reflexivo. Enquanto nós assistimos ao assassinato dos inocentes comemos biscoitos e pipocas na frente da televisão. A morte nunca foi coisa tão sem importância.



Publicado no jornal O Estadão do Norte 2/4/2003

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