Completamente. Eles não sabem exatamente o que explodir nem o porquê. Qualquer coisa serve. Tudo é válido. Qualquer velha. Qualquer nova. Qualquer coisa que atravesse o alvo.
Um prédio. E nem precisa ser o mais bonito. É a ironia e a brincadeira preferida. É para explodir? Que se exploda!
A revolta dos Sombras. O Sombra virou sombra. O Chileno virou carioca. O Nandinho ninguém sabe se é o filho de carioca ou é filho de vários países; talvez seja apenas um excelente projeto de proveta que foi aprovado.
O crime invade como um vírus pelas esquinas, casas, escolas. E o Nandinho ninguém quer. Um mês é o máximo. Mais? Não rola...A orla já foi atingida. O Rio à beira-mar.
Estamos sendo expulsos sem justa causa. Estamos pagando o preço da máquina falida. Viramos os bandidos para as faces acobertadas – e a coisa anda tão feia que eles nem mais disfarçam os rostos. Não estão nem aí para os vídeos que com o sorriso brilhante, avisa: Sorria! Você está sendo filmado. –
E tudo que nos resta é arrumar as malas e sairmos como cachorros com o rabo enfiado no meio das pernas.
Assistimos impassivos à cobrança de pedágio. A sinalização exposta e imposta. O toque de recolher que em épocas remotas restringia-se ao Corpo de Militares. Junte-se tudo isso ao arsenal de meninos (literalmente meninos) com gestos de bandido, com cheiro de cola e pó e suas armas possantes para um braço minúsculo. Vale tudo e não valem nada.
Apelo às autoridades à Reformulação urgente do Código Penal.