Daqui de onde escrevo essa linhas, ouço os estrondos das bombas americanas, caindo sobre Bagdá. Bem distante da guerra ouço pela TV, a qual torna o horror das batalhas próximo, dentro de nossa sala. Vim para cá, para meu computador, o único que parece solidarizar-se com o meu sentimento de angústia, perante os erros humanos. Erros grosseiros. Erros desumanos. Desculpe-me o leitor, mas é dificil suportar essa tragédia, essa volta aos tempos pré-históricos, quando necessitávamos da guerra para sobreviver. E aí vem a pergunta: para que precisamos dela hoje?
Um comerciante aqui de minha cidade mandou pintar e estender uma faixa diante de seu estabelecimento, cujos dizeres me deixaram com bastante simpatia pelo tal comerciante. Dizia assim a tal faixa: CADA VEZ QUE CONHEÇO MAIS A HUMANIDADE, AUMENTA O MEU RESPEITO PELOS ANIMAIS.
A agressão americana a um país desarmado, praticamente de joelhos, esperando pela execução final, coloca diante de mim a pergunta fatal: depois do Iraque qual será a próxima vítima? Já se fala no Irã, juntamente com o povo Palestino e posteriormente a invasão à Coréia do Norte. Depois com o tempo eles vão conseguir dominar toda a Amazônia brasileira. E isto seria muito fácil, tendo em vista o entreguismo dos pseudos-patriotas brasileiros. Com tantos políticos covardes, impatriotas e corruptos, nós somos uma presa fácil. O povão que poderia defender a pátria, jamais o faria. Temos nosso patriotismo restringido aos jogos da Seleção. É um patriotismo estranho, movido pelo esnobismo em se enrolar no pavilhão verde-amarelo. Quero ver na hora do "pega pra capar" se temos tanta coragem, pelo menos próxima da coragem iraquiana.
Um país acostumado a escravizar o semelhante como o Brasil, deve estar na mira e na ótica dos americanos como um país que anseia pela liberdade e pela democracia. Em troca eles ficarão com o meio ambiente amazônico. Lula, o nosso presidente, até já beijou a mão de Bush. Quem é que sabe qual será a próxima vítima dos americanos?