faz-se uma montagem de achados, aqui e ali, e como num jogo de quebra-cabeças vão se encaixando as idéias.
Lembra-me a história de um menino, reprimido em todos os sentidos...
Não teve convivência com a mãe, na infância, pois esta foi acometida de loucura e necessitou internar-se em um manicômio.
Ficou o menino aos cuidados de um pai mulherengo e mostrengo, que para se ver livre, encarcerava o coitadinho nas grades de um internato.
Os padres davam tantas lições de moral. Que coisa chata!
Mas o pirralho via que os sacerdotes não cumpriam as verdades ensinadas.
Foi crescendo, com a mente fervilhando e contra o mundo...
quem sabe, até, não teria ele sofrido abusos dos abades?
Talvez...
Tiro essa conclusão, hoje, pois o meu protagonista, então, já em idade avançada, não poupa a língua ao "Pedro da Igreja Romana"... E culpa-o pelos casos de pedofilia, como se isto não acontecesse em todos os lugares, onde habita a podridão da mente humana, principalmente na dele... Que, rejeitado pela família, novamente, entra em crise existencial e sai pelo mundo à procura de alguma aventura ou alguém que dele tenha compaixão e o acolha.
Solitário.
Sem amigos.
Recolhe-se em sua loucura costumeira. E creio que dela jamais sairá...