Ao chegar a este site, pensei em armar um varal e nele pendurar recortes de minha vida. Isso talvez eu até faça, mas não agora. Sou presa confessa da malha da linearidade e, como tal, pesa-me o ritual do começo. Mais do que qualquer poema, conto, mais do que qualquer linha, grita em mim a voz migrante que aqui desembarca. Nua, no escuro, dou-me à luz. Outra de mim brota das palavras. Não tenho passado, sou sem tempo, sou o que derivar desse encontro. Todo dia farei aqui uma visita. Amanhã um poema, depois uma impressão pescada no ar de algum momento, deixarei nessas areias o caminho dos meus passos. Este o começo. Estamos conversados, feita a apresentação necessária. Que não atirarei tábuas da lei em sua cara! Que não o trairei com confissões de outras águas!