Quem desconfiaria dessa descrição: Um senhor dos seus cinquenta ou sessenta anos de idade, com cabelo grisalinho, bochechas largas, gordinho de terno.
Esse senhor vai te surpreender. Ele vai dominar um estado inteiro de maneira nem populista nem caldilista. Vai pular de barco em barco, sendo sempre a o "carro chefe". Vai berrar bravatas e deixar seus opositores de pernas bambas. Com os mesmos, atrás das câmeras, vai se desculpar, fazer conchavos. Esse senhor de cabelos grisalhos vai tirar foto com dona Canô, Gal e outros que você jamais iria duvidar. Você até defenderia esse senhor.
Mas esse senhor vai mais fundo, ou poderia dizer mais baixo. Além de roubar (claro, eu não posso provar nada... e possivelmente esse bom velhinho deve ter um dossiê contra mim), violar, prevaricar entre outros verbos (pois é um homem de ação), esse senhor acumulou um outro. Plagiar é o verbo do momento no senado federal. O discurso do ex-senador utilizou o discurso de outro ex-senador, o Afonso Arinos, em sua íntegra (uma vergonha para os acessores de senadores).
Esse senhor que vive se gabando e ironizando a todos com pilhérias e troças sobre votos, esse senhor que chama outro "distinto" senhor de ladrão e que depois apertam as mãos e deixam como está... esse senhor poderia ser o avô de qualquer um.