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Artigos-->Todo Mundo Enfia a Mão -- 18/04/2003 - 19:41 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


NO FUNDO DO APOSENTADO

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Entra governo, sai governo

Passa boi, passa boiada

Quem espera, sempre alcança

Diz, assim, o velho ditado

A inflação logo aparece

Devagarzinho ela cresce

No fundo do aposentado



Na praça, jogando baralho

Assim vive o pobre coitado

Jogando com a própria sorte

Para arrumar um trocado

Pra melhorar sua conta

Já o vermelho desponta

No fundo do aposentado



Com o título, apostou

Que tudo seria mudado

Acreditou na promessa

De quem já foi do seu lado

Pois ganhando a oposição

Reajuste e correção

No fundo do aposentado



E pela primeira vez

Ele foi bem premiado

Viu eleito o presidente

Em que havia votado

E ficou muito contente

Esperando algo na frente

No fundo do aposentado



Água mole em pedra dura

Também dá seu resultado

Persistindo na esperança

Espera o velho sentado

Que se faça a correção

Por conta da inflação

No fundo do aposentado



Até que chegou o dia

Depois do tempo esperado

Nove anos sem aumento

Esse foi o resultado

Um por cento o reajuste

O tamanho do embuste

No fundo do aposentado



Nem a desculpa colou

Foi o máximo encontrado

Não havia mais dinheiro

Para aumento melhorado

Assim disse o presidente

Que colocou pano quente

No fundo do aposentado



Mas o pior não foi isso

Falta ainda um bocado

De coisas que vão mudar

Pra piorar nosso lado

Querem de novo cobrar

A mão boba enfiar

No fundo do aposentado



Que já deu tudo que tinha

Nada pode ser tirado

Pagou pelo seu descanso

Mas não vive sossegado

Quando o assunto é Previdência

Vem de pronto a insistência

No fundo do aposentado



Assim não dá, presidente

O senhor está enganado

É direito adquirido

É assunto encerrado

Cobrar pelo que foi pago

Vai custar muito estrago

No fundo do aposentado



Que espera no Fome Zero

Ter o seu nome listado

Caso tiver que pagar

E de novo ser garfado

Vai, com certeza, chorar

Vendo de novo cobrar

No fundo do aposentado



E a coisa já está preta

O buraco é apertado

Mas se o governo ganhar

O negócio fica irritado

Muita gente vai tirar

E outros tantos vão botar

No fundo do aposentado



Peço um favor, presidente

Deixe agente de lado

Não diga que o servidor

É um privilegiado

Que eu chamo a polícia

Privilégio é a vitalícia

Benefício acumulado



Que atinge governadores

Sem nada ter colocado

Nos cofres da Previdência

Mas o dinheiro é levado

Basta cumprir um mandato

E acaba pagando o pato

O fundo do aposentado



Domingos Oliveira Medeiros

18 de abril de 2003







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