Cobra – espécie dos ofídios, ordem de répteis, de corpo alongado, sem cintura pectoral e sem membros locomotores. Esse é o perfil do réptil, considerado peçonhento no Ocidente e endeusado no Oriente. Por aqui também é símbolo de clube de futebol e até da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na II Guerra Mundial.
Quando a cobra pica a pessoa introduz veneno na corrente sanguínea, produzindo uma intoxicação chamada de ofidismo. O veneno é mortal se a pessoa ou animal não for socorrido rapidamente. A primeira recomendação é amarrar firmemente o membro atingido para evitar que o veneno se espalhe através da corrente sanguínea. Manter a vítima em repouso absoluto é procedimento positivo.
Em “Autocontroleterapia” (Musso Publicações – SP) encontram-se outras recomendações de emergência após a mordida da cobra. Também meios preventivos para esse tipo de acidente, tais como: cultivar alho e manter animais pastando nos arredores da casa. O mais eficaz é desenvolver a intuição e atitude alerta a todo instante.
O agrônomo Edson Hiroshi, quando era mais jovem, passou alguns meses convivendo com uma tribo numa floresta e notava a ausência de medo de cobra por parte dos índios. Eles caminhavam despreocupados à noite pelo mato com os pés descalços como de costume.
A tradição dos orientais elegeu doze animais para simbolizar doze anos, seguindo o calendário lunar. Este ano de 2001, por exemplo, dizem que está sob a influência da astuta serpente. Aliás, na publicação mensal “Vivalavanca”, do Instituto Princípio Único, o seu editor, Walter Hanashiro, diz que é significativo o século 21 começar com o ano da serpente, pois significa inteligência, palavra e verbo. Vai mais adiante, dizendo que “O princípio é o verbo e o verbo é Deus”. Mas, ele acrescenta que o verbo usado pelos homens também é diabólico, astuto, venenoso, traiçoeiro e corrupto, entre outros atributos. Em seguida, Walter se refere às diversas previsões do professor Kikuchi para este ano: haveria muitas emergências, erupções e revelações de atividades ocultas. De fato, ocorreram terremotos na Índia e outros lugares. Aqui no Brasil atividades clandestinas no Senado da República vieram à tona. “Uma palavra errada pode provocar um bote ou ondulações de conseqüências imprevisíveis” – completa Walter.
Adiante ele enumera fatos ocorridos em “anos serpentes”: 1917 – ocorreu a instauração do comunismo na Rússia. 1929 – a bolsa de valores de Nova Iorque quebrou, iniciando-se a Grande Depressão, que abalou todo o mundo. 1941 – entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial. Nem só de tragédia vive a serpente. É também considerada símbolo da fertilidade no Canaã, no Egito representa a força política, enquanto no Japão é sinal de grande sorte para quem sonhar com a serpente.
Na fazenda Nova Olinda, aqui nos arredores de Itapetinga, o caseiro caçou uma jibóia de 2m, tirou o couro, mas a proprietária não permitiu que comesse a carne do réptil, receando envenená-lo. Entretanto, na China um guisado de cobra é prato de primeira qualidade. O cliente escolhe a cobra mais apetitosa exposta na vitrine.
