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Artigos-->Cap. 2 - Aprígio e a Lei de Murphy -- 26/03/2003 - 09:50 (Tobby Teófilo Teobaldo Túlio Tyler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu e Aprígio sempre fomos muito amigos, embora raramente tenhamos freqüentado a casa um do outro ou os mesmos restaurantes, ou sequer disputado a mesma namorada. No entanto, sempre combinávamos ir juntos à feira e ao supermercado, talvez porque Aprígio sempre sentia um certo mal-estar quando estava sozinho no meio de uma multidão qualquer.



Divertia-me ao ver Aprígio escolhendo frutas, legumes, verduras ou a ração de sua poodle Nestor. Atabalhoado, derrubava com facilidade as hortaliças e as latas postas em pirâmide sobre a prateleira.



Talvez por isso Aprígio era tão popular no supermercado onde costumeiramente fazia compras comigo. Os empregados chamavam-no pelo nome (até hoje não sei como descubriram) e também se deliciavam com as estripulias do nosso amigo.



De fato, o supermercado parecia ser o habitat natural de Aprígio. Lá ele era admirado, reconhecido, idolatrado (vai aí um pouco de exagero de minha parte). Freqüentemente ganhava brindes dos principais fornecedores, embora nunca tivesse aberto a boca para pedir o que quer que fosse. Aliás, o que Aprígio menos fazia na vida era abrir a boca para falar, pedir, exigir, esculhambar. No máximo, um pedido de desculpas quase inaudível.



A famosa Lei de Murphy não se aplicava a Aprígio, e disso eu tinha uma inveja danada dele. A sua fila do caixa, por exemplo, sempre andava mais rápido do que a minha, ainda que a dele estivesse congestionada de carrinhos à sua frente. Sábado passado pensei que finalmente iria vencê-lo, já que eu havia pegado um caixa com uma mulher apenas que levava à mão uma cestinha quase vazia, enquanto Aprígio havia optado por uma fila com seis carrinhos repletos à sua frente. Para minha surpresa, a mulher da cestinha teve uma complicação em seu cartão de crédito, e o que parecia um sonho virou pesadelo. Foi uma hora e meia a espera de uma solução.



A fila de Aprígio? Bem, basta dizer que os carrinhos que estavam à frente de Aprìgio pertenciam a um sujeito procurado pela polícia, que teve a prisão decretada enquanto se preparava para pagar suas compras (se é que ele iria pagá-las mesmo). O resto...bem, acho que você já deve ter adivinhado.



É, Aprígio é mesmo diferente. Diria até que ele também é um fora-da-lei (um fora-da-Lei de Murphy, claro).



*Esse conto é parte integrante da novela "A Saga de Aprígio", da autoria deste autor.
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