Faz parte de nossa natureza a realidade de uma ânsia amorosa por um ser humano; mas que esse sentimento possa aflorar como uma realidade “viva”.
É muito freqüente, nos portais internáuticos, esse tipo de afeição expressar-se na imagem romântica e “quase perfeita” que se tem da outra pessoa – através de palavras poéticas ou do carinho que se manifesta em dose, quase sempre, exagerada – é algo fantasioso demais, para ser levado a sério.
Segundo Jung: “A priori, nada impede de pensar na possibilidade de que as tendências inconscientes tenham um objetivo situado além da pessoa humana, assim como também é possível imaginar que o inconsciente só sabe “desejar”. Apenas a experiência decidirá qual das hipóteses é a mais adequada.”
Portanto, creio eu, essa tendência a transferir nossos desejos mais profundos (e profusos) para determinada pessoa que só nos mostra seu lado encantador, ultrapassando, por vezes, o limite da normalidade, acontece com muita freqüência...
Necessário é aprender a lidar com isso usando, de forma comedida, a consciência e o bom senso, de que todos fomos dotados, e tirar proveito desses “delírios”, impedindo que tal estado assuma o comando de nossos sentimentos, de forma tal, que a emoção, num equívoco dilacerador, sobrepuje a razão, levando-nos a comportamentos neuróticos, causados por “fantasias paradisíacas” que passam a “competir” com nossa personalidade real, afastando-nos perigosamente dos verdadeiros parâmetros de nossa existência.
Enfim, a quem se encontra nesse estado ilusório: urge que faça uma séria reflexão, para assegurar o retorno ao “EQUILÍBRIO” no uso parcial da RAZÃO.