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Artigos-->POBREZA -- 09/05/2003 - 18:06 (José Reynaldo Galasso) |
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POBREZA
Hoje sou pobre de tempo.
Ontem tinha todo o tempo do mundo.
A minhoca da preocupação perfurou a ampulheta
E a areia se derramou pelo chão.
Hoje sou pobre de ternura
E mendigo um raio de luz dos seus olhos.
A escuridão tenebrosa e úmida
Oblitera minha mente.
Hoje sou pobre de abraços.
Antes envolvia meus amigos com minha atenção
E os trazia junto comigo
Ao menos bem guardados no coração.
Hoje sou pobre de lágrimas.
No passado não me importava de chorar
De chorar a ponto de sentir a vida
Escorrendo por minha face e meus lábios.
Hoje sou pobre de amor.
Há muito tempo não havia essa solidão rondando
Nem o espectro da morte sobrevoando o tempo.
Eu já fui rico e não sabia.
BSB25022003
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