Se a virem por aí... Claro...

993300>A imprensa portuguesa anda plena de assunto referente à ladra Felgueiras, rata astuta sob duas nacionalidades, que fugiu para o Brasil com a ajuda, presume-se, de estranhas figuras do mundo subterrâneo carioca.



Os nossos jornalistas descrevem o Rio de Janeiro como cidade marcada por guetos, zonas que o próprio Estado não consegue controlar. Quem aí define as regras são os traficantes e os "bicheiros", gente que vive exclusivamente à custa do jogo ilegal e em permanente manobrismo criminoso.



Suspeita-se que a Felgueiras se tenha refugiado na Tijuca, onde é fácil quem quer que seja esconder-se, devido à sua grande extensão. Basta ter as cumplicidades certas, gente poderosa do submundo, para que um foragido se dilua na confusão. A Polícia tem dificuldade em penetrar nesses esconsos locais e quando o faz, diz-se, é sob intenso aparato bélico.



Ladeada por morros, a Tijuca é fertil em balas perdidas, justamente pela rivalidade entre os traficantes que comandam o negócio escuro nas favelas.



As crianças em declarada pedincha abundam e os roubos são praticados à luz do dia, e isto, pasme-se, por miúdos com seis e sete anos. Os designados "pivetes" usam a violência por ninharias insignificantes. Escondem segredos como ninguém e protegem com vigilante segurança quem os suborna.



Se a Felgueiras se encontra, como se supõe, entre essa amálgama humana, onde vive uma classe média (!!!) que enriqueceu sob a acção de negócios permanentemente ilícitos, dificilmente será encontrada. No caso de ser protegida por um "tijucano" importante, então é quase garantido que poderá passar despercebida.



Em face disto, Torre, com quem terás tu tido relações. As atitudes em confronto são óbvias e respiram de facto estranha perversidade.