Todo aquele que acha que a solidariedade e o convívio social é algo avesso aos ‘bons costumes’ tem uma estranha visão de liberdade.



Parece que a liberdade deles é algo diferente da dos outros. Algo como algum perfume que se guarda em frascos e tem uso especial. Só se ‘usa’ nas horas que é para fazer pose.



Vemos aqui na Usina de Letras exemplos desta ‘intolerância’. Discursos... cartas... artigos. Tudo em busca de menosprezar o próximo e dizer defender algo que parecem desconhecer.



O Dom Klesyus publicou: ‘Todos os socialistas têm todas as liberdades para fazer tudo o que querem, dentro dos limites da censura imposta pelo partido. O enquadramento de três deputados do PT mostra quais são os limites das liberdades pensadas pelos petistas e, de resto, pela esquerda historicamente.’



Até onde conheço desta história toda, Dom Klesyus não é socialista, não é ‘petista’ daí vai além de qualquer exercício de liberdade, ou não, estabelecer ele juízo sobre limites que a esquerda, ou petistas, ou socialistas impõe. Se o Dom Klesyus não está ultrapassando, e acredito que não esteja... ninguém está ultrapassando limites. A crítica então, se perde nas próprias palavras. Exerce-se a liberdade, sempre, com ou sem razões...



A Liberdade é algo que não se afeta a partidos, a doutrinas, a ideologias. É um sentimento inerente à espécie, conquanto animal, racional ou não.



Desta forma, um rato encurralado, enfrentando um gato, exerce sua liberdade. Um homem, discordando do que outro diz, exerce sua liberdade.



Um ‘desenquadrado’ dentro de uma estrutura partidária, exerce sua liberdade. Um enquadrado, dentro de uma estrutura partidária, também exerce sua liberdade.



Ser contra a liberdade dos outros é o único limite à Liberdade. E, aqui mesmo, na Usina de Letras estamos tendo provas de o quanto ele nos é estranha e quanta falta nos fez nestes anos todos de mídia globalizada.