A longa lista de fatores de contaminação devem ser acrescentados, agora, os circuitos elétricos de qualquer tipo: desde a instalação comum das casas até o mais moderno dos computadores. A modificação do magnetismo terrestre pelos campos magnéticos criados por qualquer circuito elétrico tem conseqüências na saúde e no comportamento do homem. Intensificam-se os estudos.
Roma- Os desastres ecológicos dos últimos anos, as freqüentes chuvas ácidas, a presença de anticriptogâmicos nos lençóis freáticos e o aumento das patologias degenerativas, encabeçados pelo câncer, apresentam uma dura realidade: muitas das radiações e das substâncias que o homem usa nas suas atividades produtivas são prejudiciais ao meio ambiente. À longa lista de fatores de contaminação acrescentam-se, agora, os circuitos elétricos de qualquer tipo: desde a instalação comum das residências até o mais moderno dos computadores. Assim, observa-se que a modificação do magnetismo terrestre pelos campos magnéticos criados por qualquer circuito elétrico acarreta conseqüências no comportamento e na saúde do homem.
O campo magnético terrestre modificou-se muitas vezes em intensidade e polaridade ao longo da História. Pois bem, desde que pareceu a vida na Terra, estas mudanças parecem coincidir com os eventos de enorme alcance, como o desaparecimento total das espécies. Tal correlação já sugeriu há anos que os campos magnéticos podem ter efeitos nos seres vivos.
EXPERIÊNCIAS COM CAMPOS MAGNÉTICOS
Observou-se que, modificando o campo magnético com um aparelho especial, os macacos passam da tranqüilidade à excitação. Voltando a modificar o mesmo campo, os macacos caem numa espécie de torpor. Que aconteceu? O campo magnético interferiu na transmissão dos impulsos nervosos no cérebro do macaco. Não é surpreendente, pois o impulso nervoso não pe mais que uma minúscula corrente elétrica. O que assombra, na verdade, é a alteração do comportamento que, necessariamente, implicará uma deterioração da saúde.
Os campos magnéticos também interferem no crescimento das células tumorais cultivadas “in vitroo” e nos processos de formação dos embriões. Os resultados embriológicos são uma catástrofe, a julgar pelo estado de embriões de frango submetidos a campos magnéticos de intensidade e freqüência variáveis.
As proteínas, elementos básicos da célula, têm seu papel fundamental graças às cargas elétricas que as cobrem. Deve-se supor, na teoria, que os campos magnéticos produzem seus efeitos interferindo com a vida celular, que depende do intercâmbio entre célula e meio externo de átomos de cálcio, sódio e potássio carregados eletricamente(os chamados íons) ou modificando a distribuição das cargas elétricas nas proteínas. Por ora, não se sabe como e onde isso ocorre.
INFLUÊNCIA NEFASTA E OUTROS EEITOS
Alguns pesquisadores comprovaram um aumento considerável da leucemia entre as pessoas submetidas a campos magnéticos de forte intensidade, como as que trabalham nas imediações de aparelhos ou linhas de alta tensão. Ademais, recentes estudos epidemiológicos mostram que aumentou o número de abortos espontâneos entre as mulheres que passam o dia diante de um computador.
Além de não se saber porque razão os campos magnéticos produzem tantos efeitos, os estudiosos não estão de acordo sobre os níveis de contaminação magnética não-perigosos para a vida.
Os soviéticos, que estão à frente neste tipo de estudos, estabelecem como limites aceitáveis níveis muito inferiores aos que os americanos consideram inócuos.
Mas, não é somente nefasta a influência dos campos magnéticos sobre o organismo humano. Ao que parece, podem usar-se para acelerar a cura de fraturas ósseas e para regenerar tecidos danificados. Talvez quando se tiver compreendido perfeitamente seu mecanismo de ação poderão ser usados para conter o crescimento dos tumores.
Comenta-se, também, que os serviços secretos americanos e soviéticos estudam uma arma magnética capaz de condicionar o comportamento do homem. Provavelmente se trata de ficção científica, mas tal arma relegaria ao depósito de velharias a bomba de neutrônios. Seja como for, talvez haja algo de verdade nisso, dada a reticência dos cientistas que trabalham neste campo. Pode ser que aqueles que os subvencionam não desejem publicidade(ANSA)- Por Jorge Mingueli, Jornal “A Tarde”.