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Artigos-->MODERNOS E MONÓLOGOS PROFETAS -- 19/05/2003 - 12:36 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Diante da invasão sem precedentes de dezenas de religiões, querendo cada qual abiscoitar um pedaço de nossa inteligência, como se nós fôssemos apenas uma espécie de gerador de riquezas, além de um amontoado de idiotas, é impossível permanecer em silêncio, ficar quieto diante de tanta insistência dessas pessoas que se julgam os donos da verdade.



Não aprecio as religiões por causa apenas de um probleminha só: o monólogo de uma pessoa. Ninguém dentro de uma igreja qualquer pode interpelar o pregador. A ninguém é permitido se manifestar. Um só fala e diz coisas que as vezes até um debilóide ficaria corado de vergonha. Isto é contraproducente e é também anticristianismo, porque Jesus se deixava interpelar pela massa. Deixava-se perguntar, indagar acerca de Deus e das questões, que naquele tempo eram tratadas como a lei. Se ele, Jesus, o máximo da iluminação da humanidade permitiu ser interpelado, por que esse messiânicos de hoje não fazem o mesmo? É estranho que isso ocorra.



Podemos inclusive citar o Pai Nosso, esta oração máxima do cristianismo, como originariamente surgida em razão de uma pergunta, que um ouvinte, lá no meio da multidão gritou para Jesus, o qual falava de rezas. Falava o quanto deveríamos orar.

A pessoa gritou bem alto:

-Mas, como fazemos para orar? Como vamos orar?

Jesus procurou o interpelante com o olhar e disse:

-Quando orares, dizei assim:

"Pai Nosso, que estás no céu..."



Hoje, entretanto o mundo está cheio de profetas. Os quais, não sabemos se por medo, por receio de não conseguir uma resposta adeqüada, não permitem interpelações. A igreja católica é uma. O padre parece um eunuco solitário, a falar de Deus sem ter uma indagação que posse melhorar o raciocínio dele, uma vez que é através das perguntas que as respostas surgem, formando pensamentos melhorados.



Esta é a principal causa do meu afastamento das religiões. Quero saber mais. Quero perguntar. Quero questionar, mas o pessoalzinho não permite. Fica lá, no púlpito, ou no palco, ou dançando tal e qual o Padre Marcelo, sem que se permita ao público uma perguntazinha que seja. Aliás, o público já permanece assim há tantos séculos e séculos, que nem pergunta tem mais. Já invalidou o raciocínio, que traria uma fé melhor, a que chamo de fé raciocinada. Seguem os profetas como o gado segue o boiadeiro.



E falando em dançar, a religião virou também show-busines. É gospel para todos os lados, digo canais de televisão. Está difícil localizar um canal de televisão que não tenha uma pantomima de um solitário monólogo, dizendo todas as verdades do mundo, sempre apontando para Bíblia. Ora, se a Bíblia diz tudo, não precisamos ouvir esses monólogos, porque evidentemente eles a interpretam a maneira deles. Não seria bom que nós interpretássemos a nossa maneira. É errado isso. Nós temos um coração só nosso, um pensamento só nosso, por que não interpretarmos Deus com o nosso coração, com o nosso pensamento e imagem que fazemos Dele.



É uma pena que não seja assim e tenhamos de aguentar tantos profetas falando baboseiras o dia inteiro.



E evidentemente o dinheiro do povão entrando nos bolsos deles. E sem pagarem imposto de renda.



(Jeovah de Moura Nunes)



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