Usina de Letras
Usina de Letras
27 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63236 )
Cartas ( 21349)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10683)
Erótico (13592)
Frases (51761)
Humor (20179)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4949)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141311)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6356)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->PERPLEXIDADE -- 28/06/2003 - 15:21 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PERPLEXIDADE





Filemon F. Martins







Há um sentimento de incredulidade, de desapontamento, de desilusão pairando sobre o povo brasileiro. Parece que um pesadelo se abateu sobre todos nós. É que durante muitos anos, em face do fracasso de outros partidos no governo, como PMDB, PFL, PL, o antigo PPB, PSDB, alimentou-se a esperança de um Brasil melhor, mais justo, mais feliz, com oportunidades iguais para todos. Essa expectativa nasceu e cresceu em torno do Partido dos Trabalhadores. Este escriba, por exemplo, não é filiado a nenhum partido político, mas nesses últimos 15 anos foi eleitor quase fiel ao Partido dos Trabalhadores. A esperança nasceu com o sonho de ver o Brasil governado por alguém da classe trabalhadora, cujo governo estivesse voltado para o povo e pelo povo. Evidentemente, os empresários e banqueiros necessitam de apoio, porque sem eles não há emprego e nem salários, embora o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-PFL-PMDB) tenha dado prioridade a eles durante os oito longos anos de governo.

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o povo acreditou, a esperança cresceu e a expectativa aumentou, mas após 6 meses de governo, perguntamos: O povo teria errado ? O que se esperava do governo do Partido dos Trabalhadores ? Ao invés de governar para o povo, a cúpula do PT prefere o FMI, o Banco Mundial, o Capital Estrangeiro. A comunidade internacional bate palmas para o Presidente. Enquanto isso, a manchete do jornal METRÔ NEWS, de São Paulo, do dia 27/06/2003: “DESEMPREGO CRESCE E RENDA DO TRABALHADOR CAI.” O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados, apontando que o desemprego atingiu 12,8% no mês de maio, a maior taxa desde março de 2002. A renda do trabalhador encolheu e sua queda foi histórica, 14,7% em maio/2003. A menor renda apurada pelo Instituto desde o início da série, em outubro de 2001.

Se Fernando Henrique Cardoso (PSDB-PFL-PMDB) entrou para a história como o Presidente que mais fez turismo pelo Mundo, com certeza Luiz Inácio Lula da Silva (PT, PMDB, PC DO B) já tem a sua marca registrada, como o Presidente dos discursos. São discursos, comitês, reuniões e conselhos para pouco trabalho e nenhuma realização. O governo e equipe fizeram sua escolha e estão com as armas apontadas para o trabalhador, por enquanto servidores públicos, através da Reforma da Previdência, prontos para o abate e pedem paciência.

O Partido dos Trabalhadores poderia até errar, mas errar de forma nova, mais criativa, porque cometer os mesmos erros do governo anterior, para satisfazer a oligarquia brasileira, é nos fazer de idiotas. A pior coisa que pode acontecer a qualquer partido político, ou mesmo líder religioso, é pregar uma coisa e fazer exatamente outra. O engodo da Reforma da Previdência visa satisfazer o FMI e banqueiros. Como no passado, sabe-se que FMI e banqueiros foram os que mais lucraram no governo FHC, em detrimento da classe trabalhadora, incluindo aí os funcionários públicos, hoje abominados injustamente pelo próprio governo. O sociólogo Francisco Oliveira fez duras críticas ao projeto de Reforma da Previdência, afirmando que o “motivo pelo qual a reforma está sendo imposta de maneira tão truculenta é que a Previdência vale mais que todas as privatizações feitas pelo governo FHC.” E continua “É inacreditável ter que voltar à praça pública para defender um direito básico de trabalhadores.”

Para o professor da Faculdade de Direito da USP, Fábio Konder Comparato, “nenhum órgão do Estado tem competência para reduzir as garantias estabelecidas na Constituição. Só o povo pode se manifestar soberanamente sobre isso, e de modo direto.” O clima de perplexidade que tomou conta de todos nós é justamente porque vem de um governo que saiu da classe trabalhadora. Wilson Cano, professor de Economia e América Latina na UNESP e na UNICAMP, afirma: “Ao invés de estarmos vivendo hoje o sonho da reconstrução, estamos vivendo algo como um verdadeiro pesadelo.” Octávio Ianni, sociólogo e escritor, alerta: “ O que o governo está semeando é uma tempestade.”

Cabe, agora, ao Congresso e ao Senado Federal a responsabilidade de reformar a indecente proposta do governo Lula.

Outro dia, conversando com um amigo sobre a política petista, ele me perguntou: “Você falou do PT ? Quem disse que esta política é do PT ? Nós já tivemos oito anos dessa política. Foi uma praga que caiu sobre nós.” Só Deus pode nos livrar desta praga que não é Egípcia, mas é petista.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui