000000> c49b71> c49b71>00ffff size=1>Dois sonetos sem eira nem beira Em desordem estrófica E dedico-tos porque são diferentes Como se fossem flores sem nome Que ora baptizo por "aquilinos"!...
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c49b71 size=5>POEMA INEXORÁVEL c49b71>Aonde irão os íntimos predadores Após mastigarem em silêncio Os pruridos eflúvicos das fêmeas? c49b71>Aonde irão ruminar o pasto mental Que presumem ter absorvido A saciarem-se das fomes dos sentidos? c49b71>Vão às putas... Às vizinhas do lado Comer... Eles comem tudo persuadidos Que comem e nunca mais são comidos! c49b71>Não têm ânus no peito nem na cabeça... Aonde irão quando lhes dá a pressa De evacuarem as fezes do pensamento? c49b71>Para já?!... Para já mudam de assunto Recolhendo à óbvia contingência do tempo Até que o pó nas asas do vento Lhes pouse nas pestanas e coma os olhos. c49b71>E eu?!... Sim... Eu que tal avento Como sei que é e será assim? Não só eu... Mas alguns perto do fim Entre tantos que nunca saberão como é. c49b71>E nada lamento... Nada reclamo... Tão pouco uma outra hipotética condição Me aprazaria recomeçar ou pretenderei Consumar desejos que me escaparam. c49b71>Estou farto... Até de mim estou farto E dou comigo a suportar-me há tanto tempo... A vida resume-se a trinta mil gotas E não vale a pena à garrafa ver o fundo!... c49b71 size=1>Torre da Guia c49b71> |