Ao contrário de boa parte da população brasileira, sou contra o número excessivo de feriados que temos por aí. Com todos o respeito aos que professam a fé cristã em suas diferentes denominações, não encontrei ainda passagem na Bíblia que manda parar de trabalhar.
Então não se justifica tantas paralisações em nome de santos, já que precisamos trabalhar para encher bocas, salvar vidas e oferecer qualidade de vida aos irmãos terrestres.
Durante o governo Sarney tentaram diminuir os feriados. Não adiantou. Toda cidade tem padroeira católica ou padroeiro, aniversário de emancipação, mais as comemorações de emancipação política dos estados e os feriados nacionais.
Em 1988 se não me falha a memória, o Papa veio ao Brasil e instituíram o feriado de Nossa Senhora Aparecida, que coincidiu com o dia das crianças, 12 de outubro. Alguns já pensaram em reclamar um feriado para os evangélicos na época.
Já falei, quem lê a Bíblia não acha as passagens de feriado. O Cristo falava em trabalhar, salvar almas. Não se faz isto dormindo. Portanto, não se acha justificativa no Filho do Homem para esse monte de destrabalho.
Mas os políticos precisam inventar moda para agradar os eleitores, então inventam datas. Em Rondônia o dia 18 de junho é o feriado dos evangélicos. Todo evangélico que se preze gosta de ser chamado de trabalhador. Mas inventaram o tal feriado.
De certa forma é bom, já que o Estado de Rondônia é o mais rico do Brasil, e precisa parar para descansar um pouco, se não pode haver um estresse coletivo. Não precisamos produzir mais, pois o PIB é gigantesco e nem se saber o que fazer com tanto dinheiro circulando na praça, conforme os demonstrativos das associações comerciais.
Esse é o lado bom do feriado, agrega o "faz de conta" ao que realmente é. Nos feriados podemos alugar fitas de vídeo-game, namorar, jogar bola, perder um dia do ano letivo, deixar de produzir bens e riquezas que poderiam gerar empregos, melhor condição de vida para milhares de cidadãos. É o outro lado bom do feriado.
Mas nem tudo está perdido. Até agora os adeptos dos cultos indígenas e afro-brasileiros, os budistas, xintoístas, maometanos e brâmanes não pediram feriados. E peço encarecidamente que não peçam.
Este país precisa de trabalho para diminuir as desigualdades sociais. Pensem nisso antes de criarem datas de descanso. Tenho certeza que os evangélicos gostam mais do trabalho do que da folga. Absoluta.
