Quando encontrar alguma conhecida, amiga intima ou vizinha de condomínio, seja discreta ao cumprimentá-la. Pergunte o mínimo possível sobre a sua vida.
Deixe que a pessoa flua, ao seu bel-prazer, para que ela não fique sem graça, ou constrangida em responder o que não desejaria.
É melhor sair com inteligência, por cima, bordejando, como quem não quer nada e muito menos ser indiscreta. Jogue com uma simples pergunta, que seja abrangente, sem tom de bisbilhotagem. Que tal "Como vão as coisas?". Aí, sim, você terá todas as respostas, ou quase todas, sem ser cisco no olho alheio, nem tampouco arroz na chinela.
A curiosidade é uma doença, um vício como outro qualquer, é uma deselegância ímpar, não dá para comparar. O pior é que ninguém é bôbo. Todo o mundo percebe quando a pergunta vem com sabor malícia, com cobertura de falsa ingenuidade. Nestes casos, você é o canudinho indiscreto de sugar a intimidade alheia.
No encontro, seja discreta. Não dê "bandeira" na maneira de olhar tipo "Raio X", percebendo se é valisere, Du Doren, etc De Millus o que a pessoa está usando. Ou ainda, com o olhar "elevador", que sobe em segundos, do sub-solo à cobertura, dando conta do sapato ao gigolete. Espere aí, tenha dó, né?
Eu sei que começar uma palestra, quando se encontra alguém, não é fácil, mas com educação e inteligência, tudo se torna simples e natural. Evite perguntas invasivas, como por exemplo "Você ainda tem mãe?", ou "Já se aposentou?".
Às vezes, as pessoas são vaidosas, e ao modo delas podem se sentir maduras de mais aos seus olhos. Como você vê, minha cara amiga, a educação é cristandade, é elegância, é sutileza, é não descer do salto. Tudo isso na hora certa é auto-domínio, é auto-policiamento, é a maneira mais simples de conservar amigos, e ser querida.