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Artigos-->O QUARTO PODER III -- 05/08/2003 - 20:36 (DANIEL CARRANO ALBUQUERQUE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A mídia, como meio de divulgação de conhecimentos e de informação, tem um lugar de indiscutível importância na sociedade. Acrescenta-se o lazer e torna-se uma série idiotice negar sua utilidade a nível global. Os meios de comunicação mais populares, entretanto, tem um conceito dúbio, pois se, por um lado prestam os relevantes serviços inerentes à sua função básica, são também utilizados de forma vil. Como acontece com tudo que é paternalista, tem a propriedade de bater com u’a mão e acariciar com a outra. À semelhança das ditaduras benevolentes, seu lado perverso é ofuscado pela boa ação e o saldo é sempre positivo na conceituação das massas. Pra começar, a Imprensa não respeita a privacidade de ninguém, a não ser em raros casos de graúdos. Não tem a menor piedade por um pobre coitado que teve a infelicidade de ser notícia de modo desastroso. Não poupam pais de família, jovens, nem crianças. Tal comportamento é defendido com argumentos a favor de seu profissionalismo. Os programas de animação e os sensacionalistas exibem pessoas, a imensa maioria simples, de forma covarde. No programa intitulado “Ratinho”, homens e mulheres se digladiam sob os aplausos de espectadores no auditório que incentivam a violência. Como numa arena, casais brigam no palco, trocando adjetivos vexatórios, incitados pela platéia e pelos organizadores daquele tipo de atração. Fico a imaginar seus filhos em casa assistindo e as conseqüências infelizes que lhes advirão no colégio e na vizinhança. É claro que serão vítimas da execração cruel por parte dos coleguinhas e vizinhos e certamente conflitos de natureza psicológica haverão de surgir. Nos intervalos, ironicamente, comerciais pagos pelo Governo falam dos programas de incentivo à educação, do Estatuto da Criança e do Adolescente, de ações do Ministério da Saúde, etc., numa contradição difícil de ser aceita a não ser como grande hipocrisia. O programa comete todos os crimes possíveis contra os direitos humanos numa só apresentação. As pessoas simples não vêem e as autoridades fingem que não vêem. Houvesse uma justiça corajosa e seriam seus responsáveis enquadrados na mesma hora. Há quem diga que trata-se de uma simulação, que os participantes recebem pela sua exibição. A meu ver isso é ainda pior, porque configura-se um crime de corrupção. É a prostituição dissimulada. O programa, na pessoa de seu responsável, aproveita-se da carência econômica do indivíduo para torpedeá-lo e aos seus familiares. Por outro lado, algumas pessoas convidadas a comparecer ao estúdio, em função de sua simplicidade, interpretam tal convocação como uma prestação de contas já que se acostumaram a encarar os senhores da mídia como autoridades competentes e lá comparecem constrangidos. Essa é só uma pequena parte de um dos muitos programas de televisão que atentam contra os direitos humanos, mas infelizmente, há muitos outros similares. Mas ai de quem se atrever a critica-los.





Agosto de 2003

Daniel Carrano Albuquerque

E-mail: notdam@bol.com.br

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