663399 size=3>O que da vida nos sobra Quando o tempo nos acalma São os espelhos da obra Que fizemos com a alma!
Pelas cordas da guitarra Vibradas pelos meus dedos O chão dos nossos segredos Todo no ar se desgarra Da mão que em vão os amarra Entre os trinados gemidos Abre-se a boca da barra Ao mar alto dos sentidos Em êxtase possuídos E no sonho engradados Sentimos os negros fados De puro branco vestidos Como sinais entendidos Onde a palavra não cabe Vão os olhos nos ouvidos Abraçar a eternidade!