6 – O senhor certamente leu o livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, do escritor português José Saramago. Ele apresenta um perfil mais humano de Cristo, o que não agradou a Igreja Católica em Portugal. Que avaliação o senhor faz do livro?
Padre Quevedo – Como estilo literário, embora não seja minha especialidade, gostei muito. Mas é de uma petulância doentia querer saber, no século 21, como foi Cristo, como se comportava Cristo. E, o que é pior, passando por cima das testemunhas escolhidas por Cristo, pessoas que o acompanharam. Além disso, os escritores contemporâneos de Cristo, todos eram gregos. Portanto, tudo o que foi escrito por eles e até Cícero, outro contemporâneo de Cristo, é a melhor verdade histórica de toda humanidade. Querer, agora, um literato, que nem teólogo é, que nem historiador é, que nem filósofo é, que nem parapsicólogo é, se pôr a falar sobre este tema no século 21, e ainda ganhar Prêmio Nobel, é uma loucura localizada.
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