"Repasso esclarecedora mensagem enviada pelo Cel. Castello Branco, em resposta a um leitor do jornal O Povo, de Fortaleza, juntamente com a carta que motivou sua missiva.
A morte do grande presidente e estadista, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco sempre foi coberta por um manto de silêncio e jamais foi esclarecida. A revelação agora feita pelo Cel. Castelo Branco é de suma importância.
Abs, Graça Salgueiro"
http://www.noolhar.com/opovo/opiniao/290249.html
"Cartas
[25 Agosto 05h04min]
Caxias e Castello
Festeja-se hoje o 2º centenário de nascimento do Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro. Uma justa homenagem. Neste dia de comemorações, entre as quais o Dia do Soldado, gostaria de registrar o meu veemente protesto pelo desinteresse oficial no esclarecimento da morte do mais importante militar brasileiro do século 20, o Caxias do nosso tempo, o também marechal Humberto de Alencar Castello Branco.
Já na condição de ex-presidente, o ilustre, sério, honesto e competente militar cearense encontrou a morte numa colisão aérea até hoje não explicada. Apesar de ter havido a morte de cinco destacadas pessoas, nunca houve inquérito policial, nem qualquer determinação oficial de se dar à sociedade uma explicação séria a respeito do assunto.
A versão oficial transferiu para o piloto morto, mestre Celso Tinoco Chagas, a responsabilidade pela tragédia. Tudo muito conveniente, afinal piloto morto não fala, nem se defende. Porém, a memória e a honra dos mortos daquele 18 de julho de 1967 continuam a clamar por justiça! Não se pode admitir do governo federal e das Forças Armadas menos do que o compromisso com a verdade, uma vez que a versão oficial é, no mínimo, improcedente e inadequada.
Até quando iremos conviver com tanta dor e tanta vergonha? A apuração rigorosa dos fatos, mesmo após 36 anos de ocorridos, é possível e indispensável, constituindo a única forma de extirparmos essa mancha da nossa história recente.
Pedro Paulo Menezes Neto, professor
Fortaleza-CE"
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"Sr. Editor,
Como uma das poucas testemunhas vivas do inditoso acidente, e objetivando estabelecer a verdade histórica do acontecimento, levo ao conhecimento dos leitores, o seguinte:
O co-piloto daquele vôo está vivo. É o filho do Celso. No acidente, quebrou o maxilar. Em parceria com o 23 BC, foi recuperada a aeronave, abandonada, há anos, por desinteresse dos governos revanchistas.
O acidente ocorreu, porque, na época não havia comunicação entre as aeronaves, mas tão somente, com a torre de controle. Esta sabia da existência das duas aeronaves na mesma área, mas os pilotos, não.
Fui o primeiro a chegar ao local do acidente, junto com Dário Macedo, chefe de gabinete do Governador, num jeep de seis lugares, azul, da CONEFOR.
O Presidente estava vivo, com uma mancha de sangue no peito esquerdo e a perna esquerda quebrada. Sua morte ocorreu quando um soldado da aeronáutica tropeçou quando o transportava no ombro.
Todas as vítimas foram levadas ao Hospital do Exército, e , só permiti a entrada, no Necroterio, do Dr Francisco Pinheiro para tirar a máscara de gesso, do Cel Tarcísio dos Santos Vieira, que beijou-lhe a face, e de um parente meu.
Velado no Palácio do Governo da praça do rosário, tive que pegar uma Bandeira Nacional no Colégio Militar para encobrir o caixão. O Sen PAULO SARAZATE, seu amigo, tio de minha mulher, não arredou o pé.
De volta ao Ceará, no colégio Imaculada Conceição, o caixão partiu-se, exalando forte odor, o que obrigou o adiamento das visitas. Na minha existência, jamais vi tanta gente prestando homenagem a um "Ditador".
Hoje, seu corpo e D. Argentina, encontram-se esquecidos, desprezados e profanados no Palácio da Abolição.
Quando trabalhei, naquele local, localizei o antigo zelador do muzeu. Uma de suas declarações foi de que renomada Secretária da Cultura , queria demolir o prédio por tratar-se de símbolo da ditadura. Não é sem razão que a sede do Governo mudou-se.
Cel EB Paulo Cesar Romero Castelo Branco, Rua Henriqueta Galeno 714, Apto 801, Dionísio Torres, Fort - CE, da Segurança, momentânea, do maior estadista deste planeta."
Obs.: Enquanto o grande estadista Castello Branco, que nos livrou de uma Farclândia continental, continua ignorado e desprezado, memoriais e memoriais continuam sendo erguidos em todo o Brasil em honra a facínoras como Luiz Carlos Prestes. Triste o País que faz tal opção para seleção de seus heróis! Logo, logo, teremos Lamarca ou Marighela substituindo Caxias como patrono do Exército Brasileiro. (F.M.)