Usina de Letras
Usina de Letras
20 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63668 )
Cartas ( 21370)
Contos (13315)
Cordel (10367)
Crônicas (22592)
Discursos (3253)
Ensaios - (10814)
Erótico (13604)
Frases (52120)
Humor (20222)
Infantil (5672)
Infanto Juvenil (5033)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141120)
Redação (3384)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1979)
Textos Religiosos/Sermões (6421)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Conjeturando sobre o meio -ambiente -- 29/08/2003 - 16:22 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Conjeturando

(por Domingos Oliveira Medeiros)





Fala-se muito sobre ética e moral. Fala-se muito, aliás, sobre muitas coisas. Fala-se sobre tudo. Ou quase sobre tudo. Mas sempre permanecem as dúvidas. Posto que, em quase todos os assuntos, existem opiniões divergentes. Poucos são os casos de unanimidade; de entendimento.



E quando o assunto toma o rumo do pensamento filosófico, a coisa fica em suspenso. Bem mais complexa. Pois, em torno dele, começam a girar hipóteses, suposições, teorias e conceitos diversos. Nada, ou quase nada, é conclusivo. Definitivo. Definido. E as questões da ética e da moral não fogem à regra. Principalmente quando sugerem o tal do relativismo.



Alguns pensadores divergem sobre o assunto. Mas, há os que afirmam que a ética e a moral, por serem questões de comprovado relativismo, não se sustentam, por si só, como viáveis e capazes de serem postas em prática, insertas no mundo da regra geral. Seriam, afirmam os pensadores, conceitos mutáveis e, até mesmo, inconsistentes.



E as premissas, que poderiam sustentar tais afirmações, partem do pressuposto de que o bem o mal são conceitos que esbarram na repressão; encurtando a liberdade. Para ser boa ou má, a pessoa teria que abrir mão de sua liberdade.



Não considero bem assim. Muito embora reconheça que o processo de escolha inclui, obviamente, abrir mão de outra coisa. Ao se escolher uma delas, descarta-se a outra. Mas isso não seria, no meu entendimento, cerceamento de liberdade. Estou mais propenso a aceitar a premissa segundo a qual o homem tem um compromisso com a sua natureza. E com a natureza, de modo geral. Assim, todos temos, em princípio, um comportamento específico. Que segue as regras da natureza. Que faz todo o sistema funcionar de forma correta.



Dias atrás assistia uma palestra sobre este assunto. Assunto, aliás, que estudei no tempo de faculdade. Quando fiz Administração. Assunto inserido na Teoria dos Sistemas, até então muito em voga.



E o exemplo dado na palestra caminhou neste sentido. Partindo do pressuposto que tudo são sistemas. Que interagem entre si. E com o eco-sistema maior.



Desse modo, o violão, por exemplo, seria um sistema menor. Onde as cordas fariam parte do sistema. Seriam subsistemas de um sistema maior. A música. Cada uma da notas teria um papel a desempenhar. O dó, o ré, o mi, enfim, as cordas do violão teriam uma função específica para que se atingisse os objetivos e missões daquele sistema. A música.



A música afinada e harmônica. Um corda frouxa - ou com defeito -, estragaria ou deturparia o objetivo de todo o sistema. E o resultado seria negativo. Uma música de má qualidade, em decorrência da desafinação das cordas.



Poderíamos, assim, a partir da Teoria dos Sistemas, Traçar um paralelo entre a música e o bem e o mal, por exemplo. O mal seria a corda desafinada. O bem, a afinação pura e precisa. Tudo nesta vida, portanto, estaria vinculado a um processo de comportamento específico. À uma função de cada subsistema que compõem os diversos sistemas. Em outras palavras: aquele comportamento natural, que se espera de cada um de nós. Quer sejam animais, minerais ou vegetais. A sintonia com a natureza.Com o sistema maior.



Uma água, desprovida de condições de higiene, imprópria para o consumo, não estaria de acordo com o seu comportamento específico. Desse modo, ela só faria mal. A quem a bebesse, a quem nela se banhasse; ou quem dela fizesse uso para cozer os alimentos.



No mundo moderno, poderíamos enxergar o mal em vários lugares, se considerarmos como válido o processo do conhecimento especifico. Não é â toa que o mundo está tão deprimente. Ninguém respeita mais os sistemas e os subsistemas.



Sistemas, como a fauna e a flora, não têm sido vivenciados pelo homem sob a ótica do conhecimento específico. Vale dizer, do processo correto de interação entre as diversas partes do sistema.



Desmatamentos irregulares, na busca desenfreada pelo metal precioso, sem os cuidados de recomposição das matas e do terreno surrupiado, só fazem mal ao meio-ambiente.



Utilizar aviões para carregar bombas e despejá-las em cidades inteiras, matando e destruindo seres humanos, animais, etc, além de desfigurar a natureza , são atos e ações que caminham na direção do mal.



Poderíamos ficar horas e horas relacionando os males a que estamos submetidos. E evidenciaríamos a contrapartida do bem que estamos deixando de fazer. Com seus resultados nefastos. Mas os exemplos acima já são suficientes para entender o motivo dessas conjecturas.



O homem tem sido estúpido. Consigo mesmo. Com seus semelhantes. Com a natureza. Com o nosso planeta. E já estamos sujando os espaços de nossa galáxia. O lixo atômico se acumula. E os gases aumentam o buraco de ozônio. E o clima está mudando, para pior. Com mais calor, a natureza começa a sentir e dar sinais de revolta. As montanhas começam a se derreter e a inundar rios e mares. Tornados, avalanches, inundações, queda de barreiras, mortes e prejuízos de toda ordem.



E pensar que poderíamos estar em situação bem mais confortável, se todos atentássemos para a nossa missão cá na terra. Que é finita. Mas que é permanente, no sentido de que se renova em direção aos nossos dependentes.



Precisaríamos deixar de tanto egoísmo. De tanta vaidade. De tanta arrogância. De tanta obsessão. De tanto apego as coisas de ordem material e econômica em detrimento da própria vida.



Que mundo queremos construir para nossos filhos ? Não posso precisar. Mas, tenho certeza de uma coisa: esse mundo que deixaram para nós está muito ruim.



O mal tem levado uma enorme vantagem sobre o bem. E ainda falam em restrições à liberdade. De que liberdade estão falando? Quando sabemos que liberdade inexiste sem a companhia permanente da responsabilidade.





















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui