A morte do diplomata da ONU, o brasileiro Sérgio Vieira de Melo, em atentado terrorista em Bagdá, lança-nos a pergunta do título: Que tipo de terrorismo é este? Terrorismo particular de Ben Laden ou terrorismo de Estado?
É sempre difícil saber o que corre por trás de uma morte como a dele, o segundo homem da ONU, cotado para ser o próximo presidente do Organismo Internacional.
Onde estava o Exército americano e de outros países, com sede em Bagdá? Onde estava a CIA e outros serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Inglaterra, que não previram, não interceptaram os terroristas a caminho?
Ou será?...
O leitor que pense como eu estou pensando.
Os Estados Unidos birraram com a ONU e mandaram seus exércitos para essa guerra sem fim. Derrotaram, na ocasião, a Organização das Nações Unidas, isto é, disseram alto e bom som: Não existe ONU, não existem países, o que existe somos nós, os americanos. E foram, e estão atolados no petróleo que queriam, mas também no sorvedouro do terrorismo internacional.
Li num despacho de agência noticiosa, que “Vieira de Mello teria, por exemplo, conseguido convencer o administrador dos Estados Unidos no Iraque, Paul Bremer, da importância de conceder poderes de fato ao Conselho Provisório do Iraque, destaca o “Libéracion”. Dita notícia termina assim: “No entanto, outros jornais, como o espanhol “El País”, questionam a qualidade das relações entre Vieira de Mello e Bremer. Segundo “El País”, ainda resta saber qual era a real influência do brasileiro sobre Bremer.”
Mesmo desgastada, a ONU ainda tem grandes poderes no mundo. Ou teria, antes do atentado a Vieira de Mello, brasileiro, carioca, futuro presidente do Organismo Internacional. Cada vez mais desgastada, os Estados Unidos queriam e querem ver a ONU.
Concluímos, então: Se os Estados Unidos não tiveram participação nesse atentado, pelo menos foram omissos. E foram omissos porque, no fundo, gostariam que a ONU mais fraca ficasse, pois, acham que ela só tem atrapalhado os seus planos de dominarem politicamente o mundo todo, já que o dominam economicamente.
E se foram omissos, com seu Exército e seu serviço de inteligência, no meu entendimento já é uma grande participação, sem excluir outras, que não posso, não devo nem tenho elementos para apontar. Mas o diabo é quem duvida.
A história é assim: Amanhã saberemos mais sobre esse doloroso episódio.