993300>O Armindo era um matulão que estava convencido de ser o chefe da malta. Eu tinha cerca de onze anos e ele já apresentava corpo e aspecto para entrar a ver filmes só permitidos a humanos com mais de dezoito.



Quando estávamos reunidos a comentar coisinhas sobre as habilidades do "Tonecas Pirilau", o Armindo desapertava os botões à carcela e mostrava-nos o seu erecto "armindão"...



- "Assim... Assim, é como deve ser...", dizia ele com as duas mãos bem presas ao marsapo, invenção lídima do palavrão a verter inteligência.



De vez enquando trazia fotos de gajas nuas e mostrava-nos aquelas delícias. Que é que sentia eu então?... Nada!... O Armindo persistiu, vezes sem conta, a mostrar-nos o céu do seu presente para nos abrir o céu do futuro...



Um dia... Experimentei fazer como ele. Zás... Deitei mão ao meu pequeno pirilau e tratei de afagá-lo em movimentos de "vem-e-vai" e "vai-e-vem"...



- Mas... Mas... Que raio de coisa estou eu a sentir?... E senti... E sentia... Que bom... Que delicioso... Uf!...



Mas... Mas... Finalmente, que decepção: a minha pobre excreção não era branquinha como a do Armindo... Santinho... Desabafei, estou doente... Não deito branco. Que aguadilha é esta?...



E foi assim meu primeiro orgasmo com o pirilau!... Só em adulto descobri que deveras o meu primeiro orgasmo foi nos belos momentos em que sem saber me alimentava mamando no seio de minha mãe. Tem graça... Ainda hoje é o que mais me bem sabe fazer... Mamar... Mamar... Numa mulher...



Tenho culpa alguma disso?!... Ei lá... Salvé... Oh interminável montanha de hipócritas!...



Ao correr da tecla, este texto é escrito tal e qual ainda se sente no Porto... Pelo menos, desde 1939... Tenho alguma culpa disso?!...



Vá... E Você... Seja franco ou franca: Como se "veio" a primeira vez?!... E agora?!... Como se "vai"?!... Tem porventura problemas de "ir-se"?... Tem... Pois... Tem?!... Tranquilize-se que "vai" mesmo até ao mais infinito dos orgasmos!... Uf!... Salvé... Hipócritas!...



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