Lisboa tornou-se uma cidade de segurança ZERO! – Na rua, em casa ou no carro. De manhã, à tarde ou à noite. Com muita ou pouca gente por perto. Somos assaltados, sem que a polícia veja, sem que as testemunhas intervenham. Os gatunos, na maioria jovens, actuam com total impunidade.
E ninguém reage por medo das consequências. E a polícia até deseja não assistir…
A velha solidariedade portuguesa vem depois ao de cima se houver feridos. Chamada rápida do 112 por telemóvel, avisos à família se a vítima estiver lúcida para dizer o número, um copo de água, conselhos e preocupações sinceras.
A menos que sejam tomadas medidas drásticas, em breve as pessoas terão medo de sair à rua. E ao falar em medidas drásticas, estou a pensar sobretudo na vigilância policial, no combate à droga e na recuperação dos drogados, em medidas sociais que evitem a pobreza e comportamentos desviantes…
As forças policiais não devem servir apenas para rondas a pé ou de carro, raras e despreocupadas, para perseguir vendedores ambulantes e passar multas, para ir policiar o Iraque!
Cada vez que conto a minha história (assalto perpetrado por um bando de pelo menos quatro negros, bem constituídos, de bermudas e ténis vistosos) sou quase sempre testemunha de declarações racistas, xenófobas. Nem assim me conseguem tornar racista!
Mesmo que me pusessem na frente deles, não me moveria qualquer sentimento de raiva ou de vingança. Gostaria sim de lhes fazer ver que, por meia dúzia de tostões, podem tirar a vida a alguém que nenhum mal lhes fez. Utopia? As utopias só o são até se tornarem realidades.
Curiosa assistência a nossa. No hospital onde fui assistido, serei obrigado a pagar todas as intervenções, se bem que tenha descontado para a segurança social durante mais de 40 anos… E porquê? – Porque em caso de agressão (foi assim que ficou escrito nos autos da polícia, que nada viu…) a responsabilidade do pagamento é dos agressores. Entretanto, na falta de indicação da sua identidade, a vítima é a responsável. Surreal não é?