As chamadas “técnicas de auto-ajuda” não são as únicas práticas não-científicas que adentram o campo da Psicologia: muitas outras transitam próximo de nossa profissão, como Florais de Bach, TVP (Terapias de Vivências Passadas), Cromoterapia, Aromaterapia, PNL (Programação Neurolingüística) etc. E não são raros os psicólogos que se interessam por essas práticas, chegando muitas vezes, por falta de orientação, a aplicá-las. Criado com a finalidade de esclarecer dúvidas dos profissionais, o Centro de Orientação do CRP SP recebe muitas consultas referentes a práticas não-convencionais, a maioria das quais a respeito da regulamentação existente sobre as mesmas e da possibilidade de serem empregadas por psicólogos. “A procura pela literatura de auto-ajuda e por práticas não-convencionais é determinada pela necessidade de conforto rápido e solução imediata. Estamos na época do imediatismo e do descartável: para satisfazer desejos emergentes, tudo tende a ser consumido, digerido e descartado rapidamente”, comenta a psicóloga Ana Stella Álvares Cruz, membro da Comissão de Orientação do CRP SP.
Nesses casos, o Centro de Orientação alerta sobre as implicações éticas de o psicólogo atuar com práticas não-reconhecidas como pertencentes à ciência da Psicologia – o que infringe os artigos 1.º, alínea c, e 38.º, alínea d, do
CÓDIGO DE ÉTICA. Além disso, são fornecidas orientações sobre a necessidade de serem desenvolvidas pesquisas acadêmico-científicas – que devem seguir as resoluções CFP n.º 10/97, CFP n.º 11/97, Instrução Normativa n.° 01/97 e a Resolução do Conselho Nacional de Saúde n.º 196/96. A persistência de um profissional em conduta inadequada poderá caracterizar infração ética, com a conseqüente instauração de um Processo Ético.
A Comissão de Orientação do CRP SP tem orientado o psicólogo a propor, associado à comunidade científica, projetos de estudo de práticas e métodos novos de Psicologia, por meio de processos de pesquisa que avaliem cientificamente sua pertinência e a possibilidade de serem utilizados como recursos psicológicos no exercício profissional. “A Psicologia cada vez mais se incorpora a diferentes formas de ações do homem; o psicólogo que exerce sua prática em nível comunitário, institucional ou familiar se encontra diante de um contínuo desafio, que é construir e desenvolver novas formas para seu trabalho. Sabemos que esse é o caminho que temos a percorrer com seriedade e competência. Contudo estamos preocupados com psicólogos que aderem imediatamente a novidades que não possuem comprovação científica e com os prejuízos que isso pode causar ao exercício da profissão”, alerta Ana Stella.
Portanto, o profissional deve estar atento à manutenção dos “preceitos éticos” ao praticar a Psicologia. Ana Stella pondera que “o desejo de construir novas possibilidades em nosso campo de trabalho deve estar acompanhado do conhecimento técnico-científico. Sabemos que existem questões que precisam ser melhor compreendidas e, portanto, devemos refletir sobre elas. Estamos continuamente buscando o progresso desses conhecimentos”.
Código de Ética
Das responsabilidades gerais do psicólogo
Art. 1.º – c) prestar serviços psicológicos em condições de trabalho eficientes, de acordo com os princípios e as técnicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional;
Da publicidade profissional
Art. 38.º – É vedado ao psicólogo
d) propor atividades e recursos relativos a técnicas psicológicas que não estejam reconhecidas pela prática profissional.”Fonte: “AUTO-AJUDA INCLUI-SE NO UNIVERSO DAS PRÁTICAS NÃO-CIENTÍFICAS”,
PSI Jornal de Psicologia CRP-SP, Edição n.º 126, Ano 19, janeiro / fevereiro 2001.
________________________________________
Nota: Pesquise sobre esse tema em profundidade nas publicações e no site do
PADRE QUEVEDO-CLAP,
“uma das maiores autoridades mundiais em Parapsicologia”. Liberte-se de crendices e superstições e viva muito mais FELIZ.
________________________________________
LEIA TAMBÉM:TVP – AOS PSICÓLOGOS E À POPULAÇÃO EM GERALTVP – PSICÓLOGO ALERTA PARA RISCOS DA REGRESSÃOTVP – PRÁTICA ILEGALTVP – MUTRETA E CAMBALACHOTVP – PICARETAGEMTVP – MAIS ARGUMENTOS CONTRA ESSA QUIXOTADATVP – MAIS UM MITO ESPÍRITATVP – REGRESSÕES ÀS VIDAS PASSADASTVP – ALMA SEM CORPO NÃO EXISTETVP NÃO – NEM REENCARNAÇÃOTVP – PARA DENUNCIAR AO CRP________________________________________
“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”LUIZ ROBERTO TURATTI.