É óbvio que em escrita há aspectos que são bem mais fáceis ou difíceis de descrever do que outros, inclusive os há mesmo impossíveis de alcançar. Por exemplo, quem por palavras conseguirá descrever exactamente o rosto de Milene Arder mesmo que convivesse com ela todos os dias?
Ainda que insuficiente neste caso, o melhor recurso seria comparar as suas feições às de alguém que a maioria das pessoas já tivesse visto e reconhecesse para que pelo menos se transmitisse uma ideia aproximada da alusão em apreço.
Por consequência é soer dizer-se que não há palavras que valham uma boa imagem. Mas há. Há-as que descrevem perfeitamente as imagens, e às vezes uma só palavra é bastante para que se configure, sem delongadas considerações, muito mais do que aquilo que se vê.
Bastante mais até e muito para além da imagem que se pretenda concitar, conceba-se uma palavra nova para congregar insuperavelmente, com elevante esperança, o significado de todas as outras. Ei-la:
Porque já conheço deveras a apreciação a que me submeto, embora confie pleno nas linhas com que me coso, ressalvo antecipadamente qualquer engenhosa entre-linha que alguém decida repescar para estabelecer propositadas polémica e confusão. Milene Arder e Lula, tanto como os outros brasileiros, constituem nesta vertente apenas dois traços do fabuloso rosto do actual Brasilarder!