Era uma vez um esquerdinha que tinha ido à uma ocupação do MST no sertão árido mas acabou se perdendo de seus "compas" e ido parar em uma região miserável.
O esquerdinha tinha uma estrelinha do PT e outro broche do PSTU mas estava tão cansado de andar que abandonou pelo caminho sua pilha de livros do Leandro Konder, Emir Sader, Marilena Chauí e revistas Caros Amigos e Carta Capital.
Quando o esquerdinha estava quase morrendo de fome e sede, de repente ele avistou a ponta de um objeto enterrado. Então ele se arrastou até o objeto e o puxou para fora, descobrindo uma garrafa com uma fumaça vermelha dentro.
O esquerdinha destampou a garrafa e de dentro saiu um gênio e um baita fedor de enxofre. Mas esse gênio não era um gênio comum. Era balofo, andava com um laptop na mão para jogar Copas Fora no Windows (o laptop era um daqueles confiscado pela Receita Federal) e um carro importado com chapa branca do Ministério da Fazenda. Era um gênio estatal.
"Bem, esquerdinha," disse o gênio estatal, "Você já deve saber como eu trabalho. Você tem 4 pedidos."
"4? Não eram apenas 3???"
"É que eu sou um gênio socialista, pô! Conta de três é coisa de burguês. Além disso é o governo que está bancando."
"Tá bom! Eu quero ir para um buffet com muita comida e bebida."
*** PUF! ***
O esquerdinha se encontrava agora em meio ao mais lindo buffet que ele já havia visto. O gênio havia colocado o esquerdinha com a equipe de Lula no início ao Fome Zero, em pleno bolsão de miséria no Piauí. O buffet era cheio de garrafas de vinho Romanée Conti custando mais de 6 mil reais e pratos para nenhuma equipe ministerial do PT botar defeito.
Então o esquerdinha, feliz, começou a cantarolar a Internacional, mas interrompeu no verso "erguei-vos famintos da terra" pois olhou em volta e viu um monte de esfomeados. Haviam muitos camponêses passando fome pois todas as fazendas onde antes havia emprego e produção haviam sido ocupadas pelo MST e não estavam produzindo mais o suficiente para comer. Aí o esquerdinha se lembrou de fazer o segundo pedido.
"Gênio estatal, eu quero ser rico, muito rico!"
*** PUF! ***
Agora, o esquerdinha se viu cercado de muitas notas de real. Umas eram impressas pela Casa da Moeda e emitidas sem lastro pelo Banco Central sob o regime de juros altos para a rolagem da dívida estatal. Outras notas eram coletadas através de mais de 40% de impostos sobre os trabalhadores e empresários debaixo dos mais diversos tipos de impostos e encargos sociais.
Além disso, o esquerdinha tinha em seu poder todas as mercadorias confiscadas pela Receita Federal nas alfândegas e um monte de verbas desviadas da construção de açudes pela Sudene do Celso Furtado e várias licitações e propinas de órgãos federais, governos estaduais e prefeituras petistas. Àquela altura o esquerdinha já depositava toda a sua fé no poder estatal.
Então, o esquerdinha pensou e fez logo de uma vez os dois pedidos que faltavam:
"Gênio estatal, agora eu quero ver o mundo todo colorido com o vermelho comunista e quero que as mulheres de toda a parte me procurem e necessitem de mim!"
*** PUF! ***
E ... o esquerdinha virou um modess.
MORAL DA ESTÓRIA: Tudo que vem do socialismo cedo ou tarde dá errado.