Você sabia que cada brasileiro nasce devendo bem mais de mil dólares? E que isso é mais de doois mil reais? Essa e a posição da nossa DÍVIDA “ETERNA” (não cometi um erro ortográfico, mas economizei uma letra, ante a nossa insuficiência econômica para solver o débito).
Para pagarmos essa dívida em ouro, precisaríamos ter montanhas inteiras do metal puro.
Tomando por base o valor da dívida brasileira em maio de 2000 = US$231.300.000.000,00 (duzentos e trinta e um bilhões e trezentos milhões de dólares), se convertermos em reais dando dois reais por dólar, o que já está um pouco mais, como também deve estar maior o valor em dólares, teremos 462.600.000.000,00 (quatrocentos e sessenta e dois bilhões e seiscentos milhões de reais).
Tendo uma moeda de R$00,1 (um centavo) o diâmetro de 2 cm, cinqüenta moedas enfileiradas alcançam 1 (um) metro e cinqüenta mil moedas alcançam 1 quilômetro.
Assim, sabemos que, se colocarmos toda a dívida brasileira em uma seqüência de moedas de R$00,1, teremos aproximadamente 925.000.000 (novecentos e vinte e cinco milhões) de quilômetros.
Com o cordão de moedas feito da dívida, se pode ir da Terra ao Sol e voltar três vezes e ainda sobrar um pedaço para enrolar a Terra dando seiscentas e vinte e cinco voltas.
Se fôssemos usar as moedas só para rodear a terra, elas seriam suficientes para 23.125 (vinte e três mil cento e vinte e cinco) voltas.
As moedas têm aproximadamente 1,5 mm de espessura. Se fôssemos fazer com elas um muro na linha do Equador separando os dois hemisférios, esse muro poderia ter 20 cm (vinte centímetros) de espessura e aproximadamente 69 m (sessenta e nove metros) de altura. Não poderíamos passar para o hemisfério norte por terra.
Talvez eu tenha errado; pois não sou muito bom em matemática e não tenho uma calculadora neste momento. Se alguém quiser verificar meus cálculos, saiba que a distância entre a Terra e o Sol é de aproximadamente cento e cinqüenta milhões de quilômetros e a circunferência da Terra é de mais ou menos quarenta mil quilômetros.
Não pesei moedas para calcular a massa da nossa dívida. Mas é carga para muitos burros.
A MAIOR DÚVIDA
Ao tentar publicar esses cálculos fiquei na maior dúvida quanto à categoria do texto:
humor não poderia ser, porque isso é muito trágico para todos nós;
conto não é, porque isso é uma realidade;
não é um texto jurídico, porque não abordo o nosso direito ou dever de prometer pagar tal dúvida (digo prometer, porque não se poderia fazer mais do que isso);
não é uma tese, porque não estou propondo nada para se discutir;
não acho que esteja fazendo um discurso;
não é uma carta, não é poesia, não tem nada de erótico;
não é matéria infantil, nem é tema para teatro, filme ou novela.
Levando-se em conta que na Usina, como disse um dos nossos colegas, “crônica vira poema, poema vira artigo e assim vai!”, e que algumas vezes alguns cadastram um mesmo texto em várias categorias simultaneamente, como eu já tenho notado também, vou deixar este em “artigos”. Se alguém imaginar um melhor enquadramento, favor me informar.
Mas, que a dívida é “ETERNA E ASTRONÔMICA”, além de ter um peso brutal, não se discute.
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