993300>PS = PARA SEGUIR...



"Mais do que sê-lo é preciso parecê-lo"... Este bem rimado provérbio, abrangente e eficaz quanto baste, aplica-se como luva justa à actualidade do Partido Socialista que, ao longo dos últimos 22 meses e a partir da eclosão do nefando caso pedófilo, tem sem dúvida alguma deixado de parecer aquilo que era.



Tomando em boa e lúcida memória o que Paulo Pedroso em tempo enunciou sobre Paulo Portas e Fátima Felgueiras no que a exercício de funções políticas concerne por parte de personalidades sob suspeição ou alçada judicial, está-se pois em face de uma abrupta contradição: "O que era para outrem não é para quem perconiza"...



Outro sim, lembrando a persistente e ríspida actuação de António Costa em torno do mesmo caso, é de estranhar o repentino volta-face do ex-ministro da Justiça, tentando amainar a onda que anteriormente fez encapelar.



Em suma, constata-se que as principais figuras do PS se assumem em contraditória opinião e até colidem nos comentários que vão tecendo na comunicação social. A montanha, para aquém de parir o rato, corre seriamente o risco de abortá-lo.



Entretanto vislumbra-se que José Sócrates tem percorrido com engenhosa e douta serenidade a dolorosa via-sacra da ascenção e quiçá seja ele incontornavelmente a figura com capacidade para concitar o próximo arrebol do partido.



De momento, dada a confusão que gera a névoa que paira e se equaciona em dúbia perniciosidade, não se depara nem há de facto melhor remédio do que higienizar a casa de lés a lés: congresso extraordinário (P)recisa-(S)e!...