993300>Tomando as palavras como espécie de pólvora que sopram dos dedos para ferir outrem, lembram-me meninos que esfacelaram os dedos porque a bicha-de-rabiar lhes rebentou entre as inocentes mãozinhas...
Lembram-me tantas, tantas coisas que ao longo da vida me acariciaram de dor a pele, porque presumindo domínio sobre aquilo que ia fazendo, as imprevistas respostas da circunstância facearam-me a rigor os impulsos aventureiros.
Esse galego!... Esplêndido, aceito com aprumo o termo. A Galiza é lusófona e o sonho da margem direita do Minho ainda permanece entre as lianas espirituais que balançam à procura do enlace.
Mas... Adiante. Não é exactamente por aqui que a "porca torce o rabo". Tão pouco se coloca a destrinça entre a mentira e a verdade confusas em que se estabelece a contínua pugna "escrevinhante" em que me vejo envolvido.
O motivo é claríssimo. Uma dita professora - que se deveras o for, é sem dúvida de baixíssimo nível intelectual - há meses sucessivos que consegue aglutinar uns quantos usuários como se peças de dominó fossem. Joga-os como bem quer e entende.
Interessante é que a atracção serôdia é infalível, porque também a ignorância dos sequentes litigantes que vão aparecendo, no que a escrita concerne, é nítida. Outrossim, aqui, em nome da literatura se acoberta a possibilidade do engate.
Muitíssimo interessante é também o pretensioso estatuto de "escritoras-e-escritores" que mina os egos e encabresta a ponto alto o ridículo e imbecil fingimento de se ser o que de facto a olho nu se constata que não é.
Os mais arcaicos princípios civilizacionais ainda por aqui campeiam tal como se o tempo medievo tivesse sido a semana passada. As revelações espontâneas acontecem com naturalidade afirmativa sem rebuço. O descaramento não tem de facto cara onde se reconheça.
Irrita-me sobremaneira o hábito cerceante de tentar impor a outrem o que de nenhum modo se aceita de volta. A eclosão dos desentendimentos alastra por simpatia e surge então em abrupta catadupa o manancial do decrépito tomo da sabichonice, inepta e inapta, assomo amalgamante de sacudir a cabeça até partir o pescoço.
Mas... Em resumida excelência, vivam os galegos e a Galiza... Não gosto mesmo nada que me insultem com nomes que depreciam quem está fora da questão. Todavia... A ignorância é sem dúvida uma espécie de primata que coloca o rabinho em qualquer posição e, no contencioso que abordo, só se pode de facto tomar uma atitude: facear e bater firme contra a intimidação.
Urgente?!... Há tanta coisa na vida das gentes onde a urgência se arrasta em lesma que, aqui, qualquer urgência é um escabulho fraudulento que nunca terá a mínima importância.
António Torre da Guia
|