993300>Sim... As pátrias dependem exclusivamente de seus patriotas e cidadãos...
Antes de mais... Explico-me: vivemos uma época intelectual cada vez mais apertada no que a edição concirna seja do que for. O mérito pessoal é o que menos conta e os autores têm que investir economicamente em si se porventura desejam mesmo lograr a hipótese de divulgação perante o público. Só então a partir daí o valor que emanam começa a pontuar.
No meu caso pessoal, vertendo apenas e só escrita em textos para musicar, entre 1966 / 1978 consegui mais de um milhar de títulos discográficos e ganhei uns bons milhares de "contos-de-reis". Portugal cantava-me de lés a lés. Actualmente, com o dobro do espólio, alcanço apenas pecúlio para beber uns azados copos à vontade.
Em Portugal, salvo difíceis excepções, quem quiser doravante agir, tem de pagar para cantar, para escrever e aguardar que a estrelinha da sorte lhe proporcione de volta o dinheirinho que investir. Por estas e por outras que também ocorrem, sou deliberada e afincadamente contra o pagar para que se possa produzir...
Daí o lapso renitente que impediu que desde o início fosse de imediato assinante da UL, espaço de tempo esse que de futuro tentarei compensar quanto possível. "Asinice-e-teimosice" é binómio que reconhecido dá pronta cura e suaviza muitíssimo o coice...
Como ao iniciar escrevia... Sobre o valor humano das pátrias... Idêntica aritmética na devida proporção se aplica à Usina. A UL será o que seus usuários quiserem que seja e isto independentemente do empenho e devoção de seus mentores.
Enfim... Pela minha parte, que posso eu fazer para suavizar a consciência por ter sido invalidamente renitente?... Vou tratar de angariar e convencer, desde já, uma mão aberta de usuários assinantes: CINCO !...
Venham pois as pedras... Acabo de enfiar o cesto na cabeça para que não doa muito...
António Torre da Guia
PS = Custa um pouco a "empurrar-me a mim mesmo"... Mas vou...
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