Estou quase convencido de que é a literatura moderna!
Talvés daqui a 40 anos classifiquem-nos como "Subjetivistas" ou a era do "Incognitismo".
Passamos os olhos e dedos e bocas e narizes nos textos que nos são apresentados, e o resultado?
Um sorriso de satisfação sem saber ao certo o porquê dele.
Entendemos o que queremos! Essa é a nova lei da ciência "moderna".
Parece-me que os autores/leitores aprenderam a arte de não entender. Ou mesmo, a arte de não explicar! Tudo fica a critério de quem lê, menos pra quem escreveu, que (raramente) tem na cabeça o ideal que objetivava na escrita.
Existe aí uma disseminaçao de vocábulos rebuscados e atraentes, porém, muitas vezes, desprovidos de sentido sabido. Vamos aprendendo, escrevendo, inovando e "entendendo".
Dou-me como exemplo do fato acima.
Eu, em minha ilusória ilusão de achar que sabia o que significava "deveras", soltava essa palavra nas concordâncias mais inusitadas e inesperadas.
Há pouco tempo atrás, porém, descobri o real sentido da palavra "deveras". Surpreendentemente (e que sorte!) verifiquei-me de que as vezes que empreguei este vocábulo em minhas escritas, coloquei-o de forma "inteligível".
Aí está para mostrar que através de suposições, conclusões, interpretações e atrevimentos descobrimos, sem querer, o real sentido das coisas.
Será que nessa nova ordem artística temos pretensões por de trás?
Etendemos, finalmente, que o mundo material em que vivemos é pequeno demais para mostrar tudo aquilo que o sentimento nos traz? Aprendemos que a vida, ao contrário de pré-destinada, é uma grande incerteza?
Talvés seja muita elucubração para uma noite só. Assumir tanto de tão pouca informação.