Maria da Graça, outrora mulher bela e impante, acendia em qualquer cabeça masculina a chama ardente da paixão cega. A fina flor dos poderosos, em desvelada vénia, caía-lhe aos pés.
Foi a protagonista do maior caso de corrupção que minou gravemente a credibilidade da Polícia Judiciária então sediada no Porto.
A megera-mocreia portuguesa foi há dias detida em Madrid pelas autoridades espanholas, acusada de uma burla de meio milhão de euros, em resultado da venda ilícita de uma colecção particular de valiosas jóias.
A vítima, desta feita, foi o empresário José Carlos Abreu, proprietário da Fribilite, uma empresa sediada na Vila de Aves, e filho do comendador Abreu, um dos principais accionistas do BNP.
Atendendo a que contra ela pendem vários processos por burla sob jurisdição espanhola, Maria da Graça ficou presa preventivamente.
A vida desta destemida mulher tem sido desde sempre atribulada e por aí atribulando também a vida de quem com ela estabeleceu relações. Há cerca de 17 anos fez despoletar um dos maiores escândalos de sempre na sociedade portuguesa, o que levou à prisão e demissão compulsiva de diversos agentes policiais.
A telenovela da SIC "Olhar de Serpente" foi inspirada na sua aventureira e luxuosa vida, levada desde sempre entre constantes mentiras e ciladas. Maria da Graça não gostou e chegou mesmo a ameaçar de processamento judicial o canal português, mas nunca levou avante a ameaça.
Sem dúvida, estamos deveras diante uma megera-mocreia pertinaz. Também as há infelizmente no Brasil e em toda a parte. A vida contitui-se de tudo entre todos... E não sei eu sequer um décimo da autêntica história.