Sou, infelizmente, um ser humano. E infelizmente porquê? Num ápice, em balanço pessoal aos meus 66 anos de existência, considero que até sou um "felizardo-infeliz", mais um daqueles que abundam aos milhões na superfície terráquea, mais um que gostaria que a vida não fosse tão paradoxal como é e que de forma alguma se conforma e conforta em ter de ser como a enorme maioria é.
Por exemplo, idigna-me a ideia de ter chave e fechadura na minha porta, não me bastando por consequência considerar que quando cá cheguei já desde há muito os outros estavam firmemente aperrados a tão complexo e esconso sistema. Afinal, os ladrões continuam a não precisar de chave. Eu optaria por ter tudo aberto, ainda que uma vez por outra contasse ter as calças no sítio e tivesse de ir em pijama, ou até com as duas mãos a cobrir as partes, à loja comprar outras.
Este enunciado desabafo vem a propósito de um texto que, em 4.11.2003 inseri em "Artigos", " aqui, neste mesmo lugar, cegamente revoltado com uma disputa de "lana-caprina" que então travava por escrito em azedo e cerrado confronto com quatro ou cinco usuários, dos quais e afinal, pousados os pedacinhos de miolos à claridade dos factos, não tenho o mínimo ressabiamento.
Agora, passados quase dois anos sobre o meu referido escrito - acreditem - estou a vociferar para mim mesmo como na altura vociferei com os meus companheiros de Usina. De resto - acreditem também - tenho fisicamente a justa punição para o descalabro onde abruptamente em alturas cegas me deixei cair : não queiram saber a trabalheira que me dá a preocupação de eliminar publicamente textos deste tipo e reservá-los em memória à parte para nunca mais me sentir desculpado.
Bem... Saravá, pró Brasil e Chirivi-tá-tá para Portugal.