Noite um tanto chuvosa, mas lavada e límpida. Olha-se para as lâmpadas da rua e se vêem os reflexos sem empecilho.
Nesta visão, abro a página de frente da Usina e nada me atrai. Absolutamente nada.
Clico para próxima e deparo em "FRASES" com dois títulos simples:
"Vento que espalha
as palavras de Deus"
"Quando é a nossa alma
quem fala"...
De Carlos Roberto da Cunha...
Bateu-me tão mimosa a linguagem desse escritor e fui conhecê-lo ao currículo.
E lá estavam algumas informações.
O suficiente, para imaginá-lo um desses caras que lutam pela vida e cuja importância maior é proteger e cuidar do futuro de seus amados filhos, exilado, por força das circunstâncias, no outro lado do mundo.
No Japão já é manhã de domingo e Roberto deve estar rodeado da esposa dos quatro filhos.
Família... Tema inesgotável...
Dizia nosso amado poeta:
"A famíli é a célula da sociedade"...
E é... Sem dúvida alguma.
Creio que, sem família,
ninguém se pode sentir seguro, amado e feliz.
Pois a família dá-nos o equilíbrio necessário e a força magna para enfrentarmos as angústias que se faz necessário ultrapassar.
Sem o apoio familiar, seria o ser humano um "zero à esquerda"...
Sem identidade, esperança... Sequer conseguiria avaliar o doce sabor da felicidade.
Carlos foi fazer a vida
nas fábricas do Japão.
Mas será sempre brasileiro
e poeta desta nossa amada
língua em transição...
Daqui a alguns minutos, vou me recolher, nesta noite mansa do Rio...
E, no Japão, a mulher de Carlos, Regina, deve estar a planejar o almoço de domingo.