Não... Não sou do contra. Alto lá!... Do contra era, antes de 1975 e, afinal, perdendo muitíssimo materialmente, ganhei infinitamente com a liberdade de expressão. Presumo que não me aplicarão mais talas nas canelas para que sinta a sensação de que só tenho metade das pernas... Por causa do texto já aí adiante.
"Entendem isto?... Mas... Admite-se lá uma coisa destas!... É impossível viver-se assim..." = Exprimem os rostos dos iraquianos que tombaram para o lado do politicamente correcto do mundo ocidental...
Eu e uma diminuta percentagem de olhos e cérebros abertos, entendemos muitíssimo bem. Não... Também não admitimos coisas dessas mas nada podemos fazer senão fazer isto: arranhar teclas e falar o mais alto possível com os amigos no café. Opiniões muito mais poderosas do que os reizinhos da escrita, também não conseguiram lograr o que quer que fosse para evitar tão nefasta tragédia. Nem o Papa.
De facto não há possibilidade alguma de se viver em semelhante situação. Os quotidianos no Iraque não garantem de forma nenhuma o quotidiano seguinte. Os mestres ocidentais do imbróglio carnificino - Bush and Blair - tiveram e têm interesses que superam a vida de milhares de pessoas inocentes. Ontem como hoje, o direito à intocabilidade humana é tão só uma panaceia que se usa em tempo de paz para dar trabalho aos polícias e aos tribunais...
Entendo, sim, entendo isso. Basta-me olhar para o espontâneo relance de vossas faces incrédulas. Nunca vi nenhum cogumelo a florir no céu... Mas tenho um inquietante palpite: sintio que vem aí um cogumelo muito maior... Continuo pois e ainda a ser do contra... nesta era...
Mas... Sempre... Sempre a favor dos ditâmes de meu coração racional. Não tenho mais tempo para me acomodar ao tacto tácito dos dias a fingir... E aí, por aí... Não sou "contra era". Sou frontalmente "contra foi"... Porque me dói.