Todo e qualquer ser humano tem cultura. A cultura vai se formando nas relações e experiências que mantemos com o mundo desde que nascemos. Alguns fatores que agem diretamente ou indiretamente na construção da cultura individual são: família, grupos sociais a que pertencemos, o conhecimento que adquirimos da cultura científica, tecnológica, artística, literária, etc, religião, meio ambiente, lembranças do passado, trabalho, estudo, o sistema político, contexto econômico, além de outros. O fato é que esses fatores nunca agem isoladamente. Eles dependem uns dos outros, convivem e formam uma rede de relações na qual somos inseridos. Ao mesmo tempo em que recebemos a herança cultural, agimos e produzimos cultura. Dessas relações extraímos os valores em que acreditamos, como solidariedade, afeto, respeito, violência. Esse conjunto de valores transmitidos por nosso grupo social é nossa identidade. O Brasil apresenta grande diversidade no campo cultural. Seu folclore é riquíssimo.
O Folclore é um dos principais fatores de identificação de um povo e de sua nacionalidade.
Toda pessoa é um produtor de cultura e portanto, um portador de Folclore
II – Objetivos:
Ø Levar o aluno a tomar contato com algumas manifestações de cultura popular
Ø Reconhecer e divulgar a importância do Folclore
Ø Estimular e desenvolver a imaginação e criação
Ø Desenvolver o habito de pesquisa
Ø Incentivar o gosto pela leitura, arte, musica e dança
Ø Valorizar a cultura popular.
III - Desenvolvimento:
Ø Leitura de diferentes textos: informativos, literários, recreativos.
Ø Caça-palavras
Ø Poesia
Ø Pesquisas
Ø Atividades matemáticas
Ø Atividades com Receitas
Ø Montagem de murais
Ø Confecção de cartazes
Ø Atividades ortográficas e gramaticais
Ø Produção de texto
Ø Dramatização
Ø Musicas
Ø Brincadeiras
Ø Entrevistas
Ø Artesanato
IV – Justificativa
O tema escolhido, Projeto Folclore, permitiu um trabalho interdisciplinar, envolvendo conhecimentos de Português, Matemática e Ciências, História e Geografia introduzindo os temas transversais Saúde, Cidadania, Educação Física e Artística.
Dia do Folclore 22 de agosto - Decreto no. 56747 de 17/08/1965.
Folclore é uma palavra de origem inglesa cujo significado é conhecimento popular .
As manifestações da cultura de um povo, seja através de suas lendas da sua alimentação, do seu artesanato, das suas vestimentas e de muitos de seus hábitos originais os enriqueceram com novos hábitos criados após a Carta do Folclore.
O folclore é passado de pais para filhos, geração após geração. As canções de ninar, as cantigas de roda, as brincadeiras e jogos e também os mitos e lendas que aprendemos quando criança são parte do folclore que nos ensinam em casa ou na escola.
O folclore é o meio que o povo tem para compreender o mundo. Utilizando a sua imaginação, o povo procura resolver os mistérios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus próprios temores.
Conhecendo o folclore de um país podemos compreender o seu povo. E assim passamos a fazer, parte de sua História.
V – Culminância:
Ø Concurso de pipas
Ø Desfile de trajes regionais
Ø Exposição de artesanato, comidas típicas e receitas de cada região do Brasil.
Ø Exposição e tarde de autógrafos do livro feito pelos alunos.
Redescobrindo o Folclore
Em 22 de agosto, o Brasil comemora o dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal. No Estado de São Paulo, um decreto estadual instituiu agosto como mês do folclore.
Folclore é um conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país e pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidades e vestimentas de uma nação.
Segundo a carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, “constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir, e agir de um povo preservadas pela tradição popular ou pela imitação”.
O Folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo e assim, poderemos conhecer ao mesmo tempo, parte de sua história. Mas para que um determinado costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um certo numero de pessoas e que tenha origem anônima.
A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos:
“Folk”em inglês significa “povo”e “lore”significa conhecimento. Assim, folk+lore (folklore) quer dizer conhecimento popular. O termo foi criado por Willian John Thoms, um pesquisador da cultura européia que em 22 de agosto de 1846 publicou um artigo intitulado Folk-lore. No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se folclore.
O Folclore Brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros e está inserido no patrimônio cultural.
Segundo a Constituição Federal:
Art. 215: o estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referencia à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Portanto as crenças, lendas, tradições e costumes são bens imateriais que compõem o patrimônio cultural, estão juridicamente protegidos pelo texto constitucional citado. Trata-se assim de bens imateriais difusos de uso comum do povo e que podem se protegidos pela ação cível pública ( Lei 4.3/85)
Carta do Folclore Brasileiro
I Congresso Brasileiro de Folclore, 1951.
1. O Congresso Brasileiro de Folclore reconhece o estudo do Folclore como integrante das ciências antropológicas e culturais, condena o preconceito de só considerar folclórico o fato espiritual e aconselha o estudo da vida popular em toda a sua plenitude, quer no aspecto material, quer no aspecto espiritual.
2. Constituem o fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservado pela tradição popular e pela imitação, e que não sejam diretamente influenciadas pelos círculos eruditos e instituições que se dedicam ou à renovação e conservação do patrimônio científico e artístico humano ou à fixação de uma orientação religiosa e filosófica.
3. São também reconhecidas como idôneas as observações levadas a efeito sobre a realidade folclórica, sem o fundamento tradicional, bastando que sejam respeitadas as características de fato de aceitação coletiva, anônima ou não, e essencialmente popular.
4. Em face da natureza cultural das pesquisas folclóricas, exigindo que os fatos culturais sejam analisados mediante métodos próprios, aconselha-se, de preferência, o emprego dos métodos históricos e culturais no exame e análise do Folclore.
Manifestações Artísticas
Literatura Oral – São manifestações literárias preservadas através da palavra falada ou cantadas e que narram lendas, histórias e mitos reveladores da visão do mundo das camadas populares.
Podem aparecer associados à música ou combinados com dança e dramatização.
Cordel – Forma de literatura transcrita em pequenas brochuras com histórias em versos ilustradas por gravuras que fixam em traços rústicos uma cena ou personagem do romance. Recebem essa denominação porque os folhetos costumam ser atados a uma cordinha e pendurados em seus pontos-de-venda. Os temas são lendas, tradições locais, fatos do momento, crimes ou façanhas heróicas.
Desafio – Gênero da literatura oral praticada por dois cantores acompanhados por viola, sanfona ou violão, que improvisam poemas em tom satírico ou jocoso. Misturam tradição e criatividade individual, num canto alternado, que obriga o cantador a responder às perguntas do oponente.
O Folclore Brasileiro é muito variado e as diversas regiões costumam apresentar manifestações específicas de acordo com a formação cultural de seu povo.
Pertencem ao Folclore:
Ø Mitos
Ø Adivinhas
Ø Religiosidades
Ø Quadrinhas e Poesias
Ø Trava-línguas
Ø Parlendas
Ø Fórmulas de Escolha e Brincadeiras Infantis
Ø Os números e o Folclore
Ø Ditados Populares
Ø Superstições e Simpatias
Ø Frases de Pára-choques de Caminhão
Ø Artesanato
Ø Medicina Popular
Ø Lendas
Ø Festas
Ø Culinária
Mitos
São seres e ocorrências sobrenaturais que exercem influência nas pessoas e nos ambientes em que aparecem.
Ø Lobisomem: É um animal com corpo de cachorro, orelhas de cachorro e corpo de homem. Aparece nas noites de sexta-feira em encruzilhadas e no cemitério. Vive vagando nas estradas, procurando alguém que lhe tire o encantamento. Para que isto aconteça precisa ser ferido. Dizem que o lobisomem é um homem que nasceu depois de sete irmãs e cuja madrinha não foi a primeira delas.
Ø Pisadeira : É uma velhinha que aparece quando a gente se deita com o estomago cheio. Vem arrastando os chinelos, sobe em nossa barriga, sapateia e causa maus sonhos. Quando a gente acorda ela desaparece.
Ø Mãe-do-ouro: É uma linda mulher de cabelos reluzentes como se estivessem enfeitados com pedras preciosas. Mora em grutas onde desaparecem as águas de alguns rios. Nas noites de luar Lea aparece como bolota de fogo e uma cauda longa e brilhante.
Ø Mula-sem-cabeça: É um animal quadrúpede com aparência de mula. Não tem cabeça e solta fogo pelo pescoço. Soluça como se fosse gente e seu galope assusta as pessoas que saem para caminhar nas noites de lua cheia. Para afugenta-la basta esconder dentes e unhas.
Ø Saci-Pererê: É um negrinho de uma perna só, ágil e atrevido. Usa gorro vermelho e adora fumar cachimbo. Aparece e desaparece num roda-moinho. Não é maldoso, mas adora fazer traquinagens como, por exemplo: apagar o fogo, dar nó na crina dos cavalos, assustar viajantes. Para pegá-lo é muito fácil, basta colocar uma peneira com um terço em baixo de uma arvore. Para chamá-lo dê três nós num pedaço de palha.
Ø Curupira: É um menino índio bem cabeludo. Mora nos troncos das árvores e anda pelas florestas protegendo os animais. Tem os pés virados para trás e por isso seus rastros conseguem enganar os inimigos.
Ø Iara: É uma linda moça de longos cabelos negros que mora no fundo dos rios. Tem uma voz maravilhosa e com ela encanta os moços que navegam ou estão à margem dos rios. Quando eles ficam hipnotizados com seu canto leva-os para o fundo das águas e de lá eles não saem nunca mais.
Ø Bicho-Tutu: É também chamado de Tutu-marambá. É feio, orelhudo, tem os pés pequenos demais para seu tamanho. Põe medo nas crianças que não querem dormir cedo. A mãe então, canta uma cantiga de ninar e o Bicho-tutu aparece. Logo o bebe adormece.
Ø Comadre Florzinha: É uma espécie de fadinha maliciosa e faceira. Pequenina tem os cabelos longos e sempre enfeitados com flores. É protetora das matas e dos animais.Assusta caçadores e derrubadores de árvores.
Ø Boitatá: É uma cobra muito grande que comeu os olhos das carniças de animais que morreram nas enchentes. Como todo animal guarda no sangue o sumo de tudo que comeu, a cobra grande guardou a luz dos olhos que ingeriu. Passou então a aparecer como um luzeiro ambulante e transparente como se fosse um fogo amarelo azulado. Ele assusta muita gente nas noites de verão e também é conhecido como “fogo-fátuo”.
Adivinhas
As adivinhas tinham papel de grande importância na antiguidade. Era uma espécie de desafio ao homem para que mostrasse a sua sabedoria. É uma das formas mais curiosas e ingênuas de literatura oral.
1. O que é que Deus nunca viu, o rei viu uma vez ou outra e o homem vê todos os dias?
2. O que é o que é? São sete irmãos, cinco tem sobrenome e dois não?
3. O que é que quanto mais cresce, mais baixo fica?
4. O que é que cai em pé e corre deitado?
5. O que é negra, preta de formosura, barriga cheia de gostosura?
6. Qual é o céu que não tem estrelas?
7. Qual é a diferença da tartaruga com o navio?
8. Em que mês a mulher fala menos?
9. O que é que está na ponta do fim, no começo do meio e no meio do começo?
10. O que é que passa pela água e não se molha, anda pelo sol e não se queima?
Respostas: 1.o semelhante, 2. os dias da semana, 3.o rabo do cavalo, 4. a chuva, 5. a jabuticaba, 6. o céu da boca, 7. o navio tem o casco em baixa e a tartaruga tem o casco em cima, 8. em fevereiro, 9. a letra m, 10. a sombra.
Religiosidades
Muitas pessoas fazem um pedido a Deus, aos santos ou aos mitos, rezando em forma de poesias ou quadrinhas e prometem alguma coisa em troca de alcançar o pedido feito.
Ø Querido Jesus menino,
Vestido de azul celeste
Vou estudar matemática,
Quero que seja meu mestre
(o nome da matéria pode variar)
Ø Espírito Santo baixinho
No meu ouvido dirá
Aquilo que eu não souber
O Senhor me ensinará
Ø Santa Luzia passai por aqui
Com seu cavalinho
Comendo capim
Tirai este cisquinho
Que está aqui.
Ø São Longuinho,
São Longuinho,
Devolva o que perdi
Que eu lhe dou três pulinhos.
Ø Negrinho do Pastoreio,
Traze a mim o meu Rincão
Eu te acendo esta velinha,
Junto está meu coração.
Quadrinhas e Poesias
As quadrinhas e poesias populares com rimas raramente perfeitas exprimem um desejo, uma queixa, agrado, malícia, juízo, um estado da alma enfim. A beleza está na simplicidade.
Folclore Brasileiro
O Brasil tem regiões
Muito ricas, todos sabem.
É um grande produtor
De folclore e aprendizagem
Grandes mitos
Muitas lendas
Brincadeiras e canções
Cheiro da terra
Amor latente
É o coração de sua gente
Gente da terra...
Gente do mar...
É gente de todo lugar
Unidos numa só voz,
Para o folclore ensinar
Augusta Schimidt
O pião
(Caroline Soares Pedroso – 9 anos)
O pião no chão
O pião no sabão
O pião bailarino
Pelo olhar do menino
Na pontinha do dedinho
O pião no chão
E na ponta do dedão
Rodopia
Na ponta dos dedos
Veloz rodopia
O pião é veloz
É magia
O pião rodopia
Bolinhas de Gude
(Murilo Soares Rodrigues – 9 anos)
As bolinhas de gude rolam
Rolam no jardim,
Bem em cima do jasmim
E rolam para mim
São lindas,
Claro que sim!
As bolinhas,
Não cansam de rolar
E sempre no mesmo lugar
Às vezes nós nos perdemos
Mas logo voltamos a nos encontrar
Esta noite eu tive um sonho,
Mas que sonho atrevido,
Sonhei que era babado
Da barra do teu vestido.
Com jeito tudo se arranja
De tudo o jeito é capaz,
A coisa é ajeitar o jeito
E isso pouca gente faz.
Se vires a tarde triste
E o ar de querer chover,
Saiba que são os meus olhos
Que choram por não te ver.
Andorinha no coqueiro,
Sabiá na beira-mar,
Andorinha vai e volta,
Meu amor não quer voltar.
A lua vem saindo
Com três cartas do Abecê,
A da frente vem dizendo
Que eu me caso com você.
Trava – Língua
São fórmulas versificadas de difícil pronuncia e até pequenos relatos que apresentam palavras de articulação trabalhosa.
Ø Olha o sapo dentro do saco,
O saco com o sapo dentro,
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.
Ø Pedro Pedroca é prestativo e presta serviços na pedreira.
Ø Achei um ninho de mafagafos
Com cinco mafagafinhos,
Quem desmafagafar
Os cinco mafagafinhos
Bom desmafagafador será.
Ø Pinto pelado pulou da panela para o penico.
Ø Um tigre, dois tigres, três tigres.
Ø Porco crespo e toco preto
Toco preto e porco crespo.
Ø O doce perguntou pro doce
Qual doce era mais doce
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce
É o doce de batata doce.
Ø No vaso tem uma aranha
Nem o vaso arranha a aranha
Nem a aranha arranha o vaso.
No vaso tinha uma aranha
No vaso tinha uma rã
A rã arranhava a aranha
E a aranha arranhava a rã.
Ø O peito do pé do Pedro é preto.
Ø Bagre branco, branco bagre.
Obs. Todos os trava-línguas devem ser repetidos várias vezes.
Parlendas
São versos que servem para brincar, distrair, entreter ou embalar as crianças.
Ø Chora, chora,
Que eu vou embora
Agora, agora,
Pra Pirapora,
Pulando tora
E chupando amora
Com a dona Aurora
Ø Agora, agora.
Vou-me embora
Pra Pirapora,
Pulando tora,
Chupando amora
Toda hora Ba-ba-la-lão,
Senhor capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Ø Serra, serra, serrador,
Serra o papo do vovô
Pra serrar cama no ar
Pra Maria se deitar.
Ø Cadê o toucinho que tava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Comeu o rato
Cadê o rato?
Foi pro mato
Cadê o mato?
O fogo queimou
Cadê o fogo?
A água apagou
Cadê a água?
O boi bebeu
Cadê o boi?
Ta amassando trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Ta botando ovo.
Cadê o ovo?
O frade bebeu.
Cadê o frade?
Ta rezando missa.
Cadê a missa?
Ta na igreja.
Cadê a igreja?
Ta em Roma.
Por onde é que se vai à Roma?
Vai por aqui, por aqui, por aqui...
Fórmulas de Escolha
e
Brincadeiras Infantis
As fórmulas de escolha são pequenas expressões, frases ou quadrinhas usadas para começar brincadeiras, escolher o pegador ou quem fica por último.
Ø Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França
Os cavalos a correr
Os meninos a brincar
Vamos ver quem vai pe-gar!
Ø Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno
Quem bebeu morreu
Quem ficou fui eu!
Ø Pim-po-ne
Pim-pe-ta-pe-ta-pe ruge
Pim-po-ne
Pim-po-ne-ta-pe-ta-pe ruge
Pim-po-ne
Pim-pe-ta-pe pum!
Ø Anabu, anabu
Quem sai é tu
Porque és filha do urubu
E sobrinha do ta-tu!
Brincadeiras
Brincadeiras são aquelas que participam várias crianças e há disputas, desejo de vencer.
Pião
O pião foi trazido para o Brasil pelos portugueses e logo foi bastante espalhado. É um brinquedo ainda muito utilizado pelos
Outras brincadeiras:
Ø Boneca
Ø Catavento
Ø Cirandinha
Ø Pipa
Ø Passar anel
Ø Bolinhas de gude
Ø Bilboquê
Ø Amarelinha
Os números e o folclore
No folclore os números aparecem em quase tudo:
Ø nas brincadeiras
Ø nas superstições
Ø nas adivinhas
Ø nas frases feitas
Ø nos ditados.
Ø Comecei conta estrelas
Sete, oito, nove, dez,
Quando fui conta as onze,
Caí morto nos teus pés
Ø Mais vale uma andorinha na mão do que duas voando.
Ø Treze é o número do azar.
Ditados Populares
Os ditados populares encerram exemplos morais, ensinamentos ou fazem alguma previsão.
São os provérbios.
Ø Nesse pau tem mel.
Ø Quem usa cuida.
Ø Quem vê cara, não vê coração.
Ø Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Ø Deus ajuda a quem cedo madruga.
Ø Cachorro que late não morde.
Ø Quem tem boca vai a Roma.
Ø Quem vê a barba do vizinho arder põe a sua de molho
Ø A mentira tem perna curta.
Ø O uso do cachimbo deixa a boca torta.
Ø Quem tem boca não manda assoprar.
Ø Casa de ferreiro, espeto de pau.
Ø Pela carga se conhece a carruagem.
Ø A morte não chega de véspera.
Ø Cachorro mordido de cobra tem medo de lingüiça.
Ø Tamanho não é documento.
Ø Cão que ladra não morde.
Ø Quem tudo quer, tudo perde.
Ø Na terra de cego quem tem um olho é rei.
Ø Mais vale a fé do que o pau da barca.
Ø Criou fama e deitou na cama.
Ø Devagar se vai ao longe.
Ø Cuidado com o andor que o santo é de barro.
Ø Quem quer faz quem não quer manda.
Ø Quem com porcos mexe farelos come.
Ø Gato escaldado tem medo de água fria.
Ø Quem sai na chuva é pra se molhar.
Ø Gambá cheira a gambá.
Ø O boi engorda é com o olhar do dono.
Ø Papagaio come milho periquito leva a fama.
Ø Quem não pode com o tempo não inventa moda.
Superstições e Simpatias
São as crendices populares que muitas pessoas seguem religiosamente para que algo de bom aconteça ou para evitar coisas desagradáveis.
Ø Colocar a vassoura atrás da porta para que uma visita indesejável vá embora.
Ø Não presta varrer a casa depois que o sol se esconde.
Ø Devemos varrer a casa assim que sair um enterro.
Ø É bom colocar sal no fogo para espantar os maus espíritos.
Ø Quando cai uma colher é sinal que vai chegar uma mulher para almoçar e se cair um garfo é um homem que chegará.
Ø Quando cai uma faca é sinal de briga.Para isso não acontecer deve-se riscar o chão em cruz três vezes no mesmo lugar.
Ø Beber três golinhos de água faz passar o soluço.
Ø Pio de coruja é mau agouro.
Ø Sonhar com dente é sinal de morte.
Ø O numero 13 dá azar e o 7 dá sorte.
Ø Trevo de quatro folhas dá sorte para quem o colhe.
Ø Sapo morto com a barriga para cima é sinal de chuva.
Ø Ao encontrar uma amiga devemos dar três beijinhos para casar.
Ø Passar grilo na verruga faz ela desaparecer.
Ø Passar três grãos de feijão na verruga faz com que ela desapareça.
Ø Passar em baixo de escada dá azar.
Ø Colocar um ramo de arruda atrás da orelha evita olho gordo.
Ø Entrar com o pé direito na sala de aula em dia de prova faz tirar boa nota.
Ø Para a criança começar a falar logo dar a ela água na colher de pau.
Frases de pára-choque
De
caminhão
As frases escritas em pára-choques de caminhões transmitem aos que as lêem uma mensagem de humor, filosófica, amorosa e até patriótica.
Ø Viajo só porque quero.
Ø Do destino ninguém foge.
Ø Não há vitória sem luta.
Ø Do mundo nada se leva.
Ø Não tenha inveja, trabalhe.
Ø Marido de mulher feia detesta feriado.
Ø Deus é a luz do meu caminho
Ø Com Deus eu vou e com Deus voltarei.
Ø Os brutos também amam.
Ø Amar foi minha ruína
Ø Chegou o bonitão.
Ø Turista forçado.
Ø Não sou detetive mas ando na pista.
Ø O que eu quero é movimento.
Ø Carona? Homem não! Mulher de montão !
Ø Este o vento não leva.
Ø Bata antes de entrar.
Ø Carga pesada, força na estrada.
Ø Estamos no mundo a passeio.
Ø Montado na morte à procura da sorte.
Ø Sortudo foi Adão que nunca teve sogra.
Ø Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho.
Músicas
Quem canta, seus males espanta, já dizia o antigo ditado.
Nosso povo sabe disso e por isso, é alegre e cantador. A música folclórica está quase sempre, ligada aos interesses da coletividade. São geralmente de origem desconhecida . São cantigas de rodas, de ninar, cantos religiosos, pregões, modas de viola.
Ø Atirei o pau no gato to
Mas o gato to não morreu réu réu
Dona Chica ca adimirou –se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miauuuu
Ø A canoa virou
A canoa virou,
Por deixá-la virar,
Foi por causa do(a) (nome da criança)
Que não soube remar.
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Tirava o(a) (nome da criança)
Do fundo do mar
Ø O cravo e a rosa
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.
Artesanato
Considera-se artesanato o fato folclórico feito por uma pessoa ou por um pequeno grupo sempre com características domesticas feitas a mão ou com auxilio de instrumentos simples.
Alguns exemplos de artesanato:
Ø Com lata ou folha de flandres
canecas
baldes
bacias
Ø Com argila
Potes
Panelas
moringas
santos
Ø Com madeira
Pilão
Gamelas
Baús
Totens indígenas
Ø Com fibra vegetal
Cestas
Peneiras
Balaios
Ø com tecidos
colchas de retalhos
tapetes de retalhos ou tiras
vestimentas típicas
Medicina Popular
A Medicina Popular no Brasil é uma prática muito antiga, bem antes dos primeiros Portugueses aqui chegarem ,ela já era praticada e muito bem conhecida pelo Índios que habitavam o Brasil já a muito tempo,dai o conhecimento e a prática ser tão bem apurada por eles.
Na Medicina Popular, diferente da Medicina Cientifica, o individuo que vai ser tratado é analisado sob dois aspectos básicos a saúde de seu corpo e a saúde de seu espírito, pois muitas vezes a pessoa não está com uma doença do corpo e sim uma doença espiritual, como o" mal olhado" (doença onde a pessoa fica abatida,sem ânimo,provocada pela inveja de outra pessoa).
Na prática a Medicina Popular utiliza três formas de tratar a pessoa que esta doente,são as Plantas Medicinais,as Rezas e Simpatias.Em alguns casos estas três formas podem ser empregadas juntas,como é o caso das rezadeiras que utilizam plantas medicinais para realizar as orações nas pessoas Quando os Portugueses chegaram no Brasil já utilizavam-se do uso das Plantas Medicinais .O conhecimento indígena também muito apurado contribuiu com a grande maioria de Plantas para serem utilizadas como medicamento.São varias as maneiras de utilizá-las, em chás, garrafadas, xaropes, cheiros e defumadores, em banhos e em banhas. A grande maioria das pessoas de uma comunidade conhecem e usam as plantas medicinais,são conhecimentos sempre transmitidos dentro de uma família,especialmente entre as mulheres .
Ø CHÁ MEDICINAL:
É uma das maneiras mais utilizadas das Plantas Medicinais.O Chá consiste na infusão em água quente da folha, fruto ,casca,raiz flor , graveto ou qualquer outra parte da planta com o intuito de retirar seu extrato com o qual se mistura a água resultando no chá. Abaixo alguns chás muito utilizados na farmacopeia popular.
Remédios Populares:
Existem outros produtos que não são plantas ou que se misturam a elas para formar alguns Remédios Populares. Estes remédios podem ser associações de ervas a material animal ou apenas o material de origem animal ou ainda remédios que não têm origem nem animal nem vegetal e é muito difundido nos meios rurais.
Veja alguns:
Banhas: São um tipo de Pomada da medicina popular é a gordura de alguns bichos, como por exemplo:
Ø Banha de jibóia : muito utilizada para combater o reumatismo.
Ø Banha de capivara: para coceira nos peitos.
Ø Banha de canela de Ema para surdez.
Ø Banha de galinha : para cicatrizar pequenas feridas e tumores.
Ø Banha de jacu (espécie de ave): tratamento da asma.
Ø Banha de porco: para desinflamar o nariz e, derretida na pinga, cura embriaguez.
Ø Banha de traíra (espécie de peixe ) cura dor de ouvido.
Existem ainda outros tipos de remédios que não são oriundos de animais:
Cordão Umbilical : em alguns locais ele é guardado e usado para remédio, como chá é usado contra epilepsia.
Cinza de lenha (do fogão): Também bastante utilizado diluído na água para dor de barriga oriunda de gazes. Beber a água e passar a borra em cruz no umbigo. Na maioria dos locais o remédio sempre acompanha a reza.
Leite Materno: Usado como colírio.
Pedra do Bucho (formada no estômago dos ruminantes): É usada, entre outros, contra a lepra (no Vale do Jequitinhonha.MG).
Lendas e festas
Lendas são histórias que relatam acontecimentos geralmente fantasiosos que se passaram em certo tempo e lugar com pessoas, animais, seres sobrenaturais ou mitos. Parte de um fato concreto ou não. Geralmente o real e o fantástico se misturam.
Cada pessoa que conta uma lenda às vezes aumenta ou diminui, substitui palavras por outras e com isso as lendas vão se modificando com o passar dos tempos e de uma região para outra.
Festas: As festas e danças folclóricas variam de região para região, sendo que algumas delas muito difundidas, são motivo de orgulho e tradição para seu povo.
Algumas Lendas:
Ø Iara
Ø Boitatá
Ø Boto
Ø A lenda do Guaraná
Ø Saci-Perere
Ø A lenda dos diamantes
Ø Como nasceram as estrelas
Ø Lenda do Milho
Ø Lenda da mandioca
Ø Lenda da Vitória-régia
Ø Negrinho do Pastoreio
Ø Lenda do Sol
Ø Os sete estrelos
Algumas Festas e Danças
Ø Festa de São Gonçalo
Ø Carnaval
Ø Boi Bumba
Ø Bumba meu boi
Ø Candomblé
Ø Capoeira
Ø Chula
Ø Pau de Fitas
Ø Dia de Reis
O Folclore e os Pratos típicos
Quem já não ouviu uma dessas frases?
Sabe fazer café? Então já pode casar!
O homem come para viver, ou vive para comer?
Sabe fritar ovo sem furar? Então já pode casar!
Estas frases vêm de longe, dos tempos de nossos bisavós. Comidas bem brasileiras ou com herança de alguma das raças que formaram nosso povo fazem parte das comidas do nosso folclore.
Curiosidades:
A culinária baiana nasceu na África, como oferenda aos orixás. Chegou ao Brasil nos porões dos navios negreiros, há pouco menos de 500 anos. Mesmo sendo pressionados para se adaptar aos costumes portugueses, os escravos conseguiram preservar suas tradições.
Uma delas era reverenciar os orixás de sua religião, oferecendo-lhes comidas preparadas com o que tinham à disposição nas senzalas. Aos poucos portugueses e índios deram suas contribuições.
Já os bandeirantes de São Paulo, saíram a caça de índios para escravizar e acabaram chegando em Minas Gerais, ainda no século XVI. Além de índios e ouro, os paulistas viajantes acabaram descobrindo a mais gostosa cozinha deste país. Numa mistura de carne de caça com milho, mandioca e feijão, preparavam-se já naquela época, pratos que faziam muito sucesso entre os tropeiros.
O café, assim como o tropeirismo, teve papel importante na história. Ele movimentou a economia até o século XX e criou a elite conhecida como “barões do café”.
No Espírito Santo, temos a mistura de aromas, culinária rica e perfumada, reflete a cultura de diferentes povos que colonizaram a região.Índios, africanos, portugueses e outros europeus, deram a sua contribuição na culinária capixaba.
Em homenagem`a liberdade, no século XIX, muitas famílias defendiam o fim da escravidão no Brasil. Quando a princesa Isabel aboliu a escravatura, um grupo de donas de casas pernambucanas criou o bolo 13 de maio em homenagem aos libertados.
O jeito antigo de preparar frutos da floresta, dos rios e do mar, é o que mais marca a comida paraense. Pouco influenciada pela presença dos colonizadores, a culinária do Pará continua fiel às suas origens indígenas.
Atividades Sugeridas:
1. Para pesquisar em casa:
2. Dividir os alunos em 5 equipes. Cada equipe pesquisa uma região brasileira, suas lendas, seu artesanato, comidas típicas, danças e musicas, seus mitos, trajes típicos,etc.
3. Sugerir a montagem de um álbum (livro) com os seguintes itens:
Ø 5 lendas
Ø 5 mitos
Ø 5 nomes populares
Ø 5 superstições
Ø 5 brincadeiras
Ø 5 músicas
Ø 5 danças
Ø 5 parlendas
Ø 5 adivinhas
Ø 5 provérbios
Ø 5 artesanatos
Ø 5 frases de para-choques de caminhão
Ø 5 receitas típicas
Ø 5 remédios caseiro
Ø 5 festas
4. Trabalhando com texto:
Ø Explique com suas palavras a frase: “Toda pessoa é um portador de cultura e portanto é um produtor de folclore”.
Ø Dê o significado das expressões:
Linguagem popular
Arte e artesanato
Medicina Popular
5. Oficinas de artesanato, dobraduras e sucatas.
5. Dia de brincadeira: cada grupo ficará responsável por um tipo de brincadeira por exemplo: cabra-cega, boca de forno, chicotinho queimado, berlinda,amarelinha, passar anel, lenço atrás estátua etc. Todos os alunos participarão.
6. Dramatizações das lendas.
7. Confecção de fantoches de personagens de lendas.
8. Confecção de mascaras de mitos.
9. Trabalhos com argila.
10. Gincana de adivinhas e provérbios
11. Musicas : Formar rodas e cantar e dançar as músicas pesquisadas.
12. Adivinhas Matemáticas:
Ø Felipe gosta muito de adivinhas. Ele tem um álbum com 1 milhar, 7 centenas, 3 dezenas e 8 unidades de adivinhações. Quantas adivinhas ele tem?
Ø Sua irmã Fernanda tem a metade dele. Quantas ela tem?
Ø Quantas adivinhações faltam para Felipe completar 2 milhares?
Ø Se Felipe retirar 4 centenas e 8 unidades de adivinhas de sua coleção com quantas ficará?
Ø Se Fernanda triplicar sua coleção, com quantas adivinhações ficará?
Ø Qual é a diferença de adivinhações entre Felipe e Fernanda?
13. Se você quiser ler o bilhete do saci, substitua os símbolos pelas palavras correspondentes:
& 9834; criança & 9786; amigo
& 9788; cavalo & 9827; perere
& 9824; nó
& 9650;animais & 9829; abraço
Olá & 9834;s,
Sou o saci - & 9827; , & 9786; das & 9834;s e dos & 9650;. Adoro brincar mas o que eu mais gosto de fazer é dar & 9824; na crina dos & 9788;s.
Um & 9829; & 9786;do saci - & 9827;.
Conclusão:
O projeto foi desenvolvido com a participação ativa de todos os alunos da sala, todos com ótimo desempenho. Houve um aproveitamento total e todos os objetivos foram alcançados.
A pesquisa gerou um livro com ilustrações feitas pelas próprias crianças.