Dentro da linha de raciocínio psicanalítico de Sigmund Freud, buscar o estado consciente de saúde mental seria um “ideal fictício”. Segundo o pai da psicanálise, todas as mulheres e homens nascem ou tornam-se mentalmente imperfeitos e vieram ao mundo com uma espécie de herança ou pecado psicológico e seria tão vital quanto inútil lutar para livrar-se dessa marca de nascença.
Profundo conhecedor da fragilidade e da trágica condição humana, seus textos lançaram estas questões que não se esgotarão tão cedo nas Academias.
Para derrubar a doutrina Freudiana, os novos psicólogos codinominados Doutores da Alma, lançam suas idéias e estudos a partir do positivismo. Suas teses buscam a proposta da “Saúde Mental”. Estas baseiam-se no cruzamento perfeito entre a pesquisa universitária profunda e a auto-ajuda. Em suas linhas de raciocínio a questão não é negar a conclusão de Freud de que todo mundo é neurótico. A nova proposta é não se deixar paralisar por essa conclusão do fundador da psicanálise e sim usá-la de modo mais produtivo.
Na conclusão dos “novos doutores” não é possível descobrir as causas do sofrimento neurótico se não tivermos idéia clara dos fatores que produzem a saúde mental. O caminho é longo e complexo. À luz de uma corrente cada vez mais respeitada dos estudos comportamentais, a “psicologia positiva”, os pequenos mas enervantes traços negativos da personalidade são justamente os mais fáceis de mudar em qualquer idade.
“As pessoas podem nascer com características negativas como pode ter tido uma criação que lhes incultou outras piores, mas elas não precisam passar a vida inteira se sentindo presas a essas armaduras psicológicas”. Estas são as palavras de Martins Seligma, psiquiatra americano que reavivou os princípios da psicologia positiva.
Já que o positivismo virou moda na tentativa de se modificar um destino trágico - antes dado como irremediável -. De acordo com as propostas dos novos médicos, pode-se com algum treinamento e aprendizado, interromper o processo dos que sofrem do mal da teimosia, dificuldade de relacionamento, de temperamento explosivo, os impacientes, o de frieza emotiva, os tímidos e tantos outros traços negativos de personalidade. Estes traços poderão ser atenuados e até vencidos facilmente.
Freud explica. Entretanto, de acordo com a psicologia moderna, não deve deixar-se paralisar e aceitar como definitivo a doença mental. A meta agora é simplesmente é saúde mental e para isso, é preciso unir os métodos científicos e de auto-ajuda para que se encontre a fórmula ideal para a grande descoberta de ajuda à cura através do estudo sobre o que pode ser feito para melhora do que, até então, era aceitável como uma doença fatal.